Os casos de febre oropouche dispararam no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Os números mais recentes apontam 5.102 casos da doença, com um boom na região Norte: Amazonas (2.947 casos) e Rondônia (1.528) lideram o ranking.
Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná também tem casos confirmados ou em investigação. De acordo com o Ministério, pessoas entre 20 e 29 anos são as mais atingidas pela doença, que também faz vítimas entre as faixas de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 10 a 19 anos.
“Há algumas semanas está acontecendo um espalhamento para outras regiões do Brasil. A gente não está só naquela concentração na Região Norte, que foi o primeiro momento. A gente acreditou que ia ficar concentrado, mas vimos que houve um espalhamento”, explica a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Ela conta as medidas tomadas. “Introduzimos a vigilância dessa nova doença, fizemos a construção das orientações para observação clínica. Não tínhamos nenhum manual ou protocolo para febre Oropouche. Distribuímos os testes para toda a rede Lacen (laboratórios centrais) e, por isso, estamos conseguindo captar, fazer o diagnóstico correto para essa doença. Estamos monitorando de perto e entendendo melhor essa nova arbovirose“.
O que é a febre oropouche?
A febre oropouche é causada pelo arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) e é bastante semelhante ao vírus da dengue, sendo transmitido por mosquitos das espécies Culicoides paraensis, (popularmente conhecido como Maruins) e Culex quinquefasciatus. Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando ele pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Quais os sintomas da febre oropouche?
Os sintomas são bastante parecidos com os da dengue e os da chikungunya: dores de cabeça, febre, dores nas articulações, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos. Segundo o Ministério da Saúde, não há vacina ou tratamento específico. “Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico”.
Como se prevenir da febre oropouche?
As dicas para se prevenir são evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível; usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele; remover possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas, em casa; e seguir as orientações das autoridades de saúde locais, se houver casos confirmados na sua região.