Mato Grosso do Sul, 17 de março de 2025
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Feminicídio brutal em Juti: idosa é morta asfixiada e arrastada pelas ruas da cidade

Companheiro da vítima tentou simular morte natural, mas foi preso enquanto tentava fugir. Crime choca Mato Grosso do Sul, que já soma cinco feminicídios apenas em fevereiro
Vanderson dos Santos Carneiro, autor confesso do 5º feminicídio deste ano em MS (Foto: Leandro Holsbach)
Vanderson dos Santos Carneiro, autor confesso do 5º feminicídio deste ano em MS (Foto: Leandro Holsbach)

O pequeno município de Juti, no Mato Grosso do Sul, foi palco de um crime brutal que chocou a população. Emiliana Mendes, de 65 anos, foi assassinada por asfixia e arrastada pelas ruas da cidade antes de ter o corpo deixado em uma quitinete. O principal suspeito, Vanderson dos Santos Carneiro, de 35 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (24) enquanto tentava fugir a pé pela rodovia em direção a Caarapó.

A Polícia Civil tomou conhecimento do caso logo pela manhã, quando moradores encontraram o corpo da vítima dentro da residência. No primeiro momento, havia dúvidas sobre a causa da morte, cogitando-se inclusive um possível suicídio ou morte natural. No entanto, sinais evidentes de violência e rastros de sangue indicavam que Emiliana havia sido arrastada por cerca de 100 metros antes de ser colocada sobre um colchão na tentativa de encobrir o crime.

As investigações apontam que o feminicídio ocorreu entre a noite de domingo (23) e a madrugada de segunda-feira (24). Vanderson teria esganado a vítima em um terreno baldio durante uma discussão e, em seguida, a carregado pelas ruas até a quitinete onde moravam. A polícia acredita que ele tentou simular uma morte natural para despistar as autoridades.

Com base nas evidências, os investigadores identificaram Vanderson como principal suspeito e iniciaram buscas imediatamente. Sabendo que ele poderia estar tentando fugir, a Polícia Civil acionou reforço na cidade vizinha de Caarapó. A estratégia deu certo: o agressor foi localizado na rodovia BR-163, a cerca de oito quilômetros de Juti, e tentou despistar os agentes trocando de roupa. Mesmo assim, foi reconhecido e preso em flagrante.

Confissão e prisão

Ao ser abordado, Vanderson estava com escoriações pelo corpo e portava uma faca. Questionado pelos policiais, confessou o crime sem demonstrar arrependimento. Ele foi levado para a Delegacia de Polícia de Juti, onde teve a prisão formalizada.

O caso está sendo tratado como feminicídio, crime previsto na legislação brasileira como homicídio motivado por questões de gênero. De acordo com as autoridades, a motivação exata do crime ainda está sob investigação, mas relatos preliminares apontam que a relação do casal era marcada por conflitos.

Crescente onda de feminicídios em Mato Grosso do Sul

A morte de Emiliana Mendes é o quinto caso de feminicídio registrado apenas no mês de fevereiro em Mato Grosso do Sul. O estado tem enfrentado uma escalada alarmante desses crimes, aumentando a preocupação das autoridades e da população.

O caso mais recente antes deste ocorreu na cidade de Água Clara, onde a empresária Mirieli Santos, de 26 anos, foi brutalmente assassinada a tiros pelo ex-companheiro, Fausto Júnior Aparecido de Oliveira, de 31 anos. O suspeito segue foragido.

Diante do aumento dos feminicídios, órgãos de segurança pública têm reforçado ações para combater a violência contra a mulher. Especialistas alertam que muitas vítimas vivem relações abusivas sem conseguir denunciar seus agressores a tempo.

A Polícia Civil reforça que mulheres em situação de risco podem buscar ajuda em delegacias especializadas, além de recorrer ao telefone 180, canal de denúncia da Central de Atendimento à Mulher.

Justiça e punição

Vanderson dos Santos Carneiro responderá pelo crime de feminicídio e pode pegar até 30 anos de prisão. A polícia segue investigando os detalhes do caso e aguarda os laudos periciais para complementar o inquérito.

O crime bárbaro reacende o debate sobre a violência de gênero e a necessidade de medidas mais eficazes para proteger mulheres em situação de vulnerabilidade. A sociedade e as autoridades precisam agir para evitar que novas vidas sejam brutalmente interrompidas.

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