Mato Grosso do Sul, 22 de abril de 2025
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Fernando Haddad fala sobre expansão do Plano Safra para combater a inflação de alimentos

Ministro da Fazenda anuncia medidas para garantir a produção agrícola e reduzir os preços dos alimentos no Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Diogo Zacarias/MF
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Diogo Zacarias/MF

Em uma entrevista ao ICL Notícias na última sexta-feira (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, detalhou a estratégia do governo federal para enfrentar a alta dos preços dos alimentos. Para ele, a primeira ação do governo para conter a inflação nesse setor é a ampliação do Plano Safra, um conjunto de medidas de apoio ao setor agropecuário, incluindo crédito, incentivos e políticas agrícolas para os produtores rurais.

De acordo com Haddad, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva está trabalhando para criar um Plano Safra cada vez mais robusto, com o objetivo de aumentar a produção agrícola no Brasil de forma sustentável. “Vamos fazer planos cada vez mais robustos, maiores e melhores. E o governo vai para o seu terceiro ano preparando um terceiro grande plano. Nós batemos dois recordes em 2023 e 2024 e queremos fazer o mesmo em 2025”, afirmou.

A expansão do Plano Safra busca fornecer o suporte necessário para os agricultores, principalmente diante das dificuldades enfrentadas nos últimos anos, como as condições climáticas adversas, incluindo a seca e as enchentes em 2024, e os impactos globais da manutenção dos juros elevados nos Estados Unidos, o que afetou o valor do dólar. “Tivemos episódios que precisam ser contornados. Tivemos problema de seca e inundação no ano passado, isso afetou. E tivemos a manutenção dos juros americanos em patamares elevados, o que faz o dólar ficar forte, causando inflação no mundo inteiro”, disse o ministro.

Para o ano de 2025, Haddad tem grandes expectativas para a safra, que deve ser uma das maiores já registradas. “Provavelmente vamos colher uma grande safra a partir do final deste mês, começo de março. Uma grande safra, se não for a maior, vai ser uma das maiores. E é assim que vamos continuar exportando muito alimento e garantindo o abastecimento interno”, afirmou o ministro.

A expectativa de uma safra recorde, aliada à queda do dólar, deve ter impacto direto na redução dos preços dos alimentos. “Com a queda do dólar, que começou a baixar para patamares mais aderentes aos fundamentos da economia brasileira, e com a safra que vai entrar, acreditamos que os preços vão se estabilizar num patamar mais adequado”, completou Haddad.

Além disso, o governo tem incentivado a expansão da produção agrícola para outras regiões do país, como parte de uma estratégia para diversificar as culturas e reduzir os impactos da crise climática. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem trabalhado para espalhar a produção de culturas, como o arroz, por diferentes estados, de forma a evitar a concentração em áreas mais vulneráveis a eventos climáticos extremos.

No entanto, Haddad destacou um desafio importante para o sucesso dessas medidas: a demora na aprovação do orçamento. O governo tem pressa em garantir que o orçamento seja aprovado para que as políticas de subsídio aos produtores possam ser implementadas sem interrupções. “O orçamento não foi aprovado ainda. E, sem a aprovação, se torna difícil subsidiar os pequenos e médios produtores rurais”, explicou o ministro.

Para Haddad, a aprovação do orçamento é fundamental para garantir que as linhas de crédito do Plano Safra sejam mantidas e que as taxas de juros possam ser reduzidas no médio prazo, sem prejudicar os brasileiros que dependem do Estado para ter acesso a alimentos mais baratos. “Aprovado o orçamento, vamos ter taxas de juros menores, com sustentabilidade fiscal, sem penalizar a população que depende do Estado, inclusive os produtores”, destacou.

Em sua crítica ao governo anterior, o ministro afirmou que a gestão de recursos durante o período eleitoral de 2022 foi irresponsável, sem controle dos gastos. Segundo ele, o atual governo tem se preocupado com a racionalização dos programas sociais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), para garantir sua continuidade de forma sustentável.

“Não tem nada a ver com corte, tem a ver com responsabilidade de garantir que esses programas tenham vida longa e que ninguém depois vá tirar um direito social garantido por lei”, afirmou Haddad.

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