Mato Grosso do Sul, 9 de maio de 2025
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Flávio Dino vota pela cassação de Carla Zambelli: STF avança na decisão sobre o caso da deputada

Processo que investiga crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal continua com votação favorável à cassação; parlamentares seguem em risco de perda de mandato
Deputada Carla Zambelli (PL-SP) tenta reverter anulação de porte de arma
Imagem: Divulgação
Deputada Carla Zambelli (PL-SP) tenta reverter anulação de porte de arma Imagem: Divulgação

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu mais um passo importante em direção à condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), ao avançar no julgamento sobre os crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. Neste domingo (23), o ministro Flávio Dino, acompanhado por outros três ministros, votou pela cassação da parlamentar, condenada pelo ato criminoso ocorrido às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, quando foi filmada sacando uma arma de fogo e perseguindo o jornalista Luan Araújo pelas ruas de São Paulo.

A decisão de Dino seguiu a linha do relator do processo, Gilmar Mendes, e foi acompanhada pelos ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, elevando o placar para quatro votos a favor da cassação da deputada, contra nenhum voto contrário. Zambelli, que já é ré no STF desde agosto de 2023, está sendo acusada de comportamentos graves, dignos de sua condenação no julgamento atual.

Durante o julgamento, Dino ressaltou a gravidade dos atos de Zambelli, afirmando que “é uma contradição insanável que um representante político ameace gravemente um representado, como se estivesse acima do cidadão ao ponto de sujeitá-lo com uma arma de fogo, em risco objetivo de perder a sua vida”. A atitude da deputada foi, sem dúvida, um abuso de poder, e o julgamento busca garantir que a justiça seja feita, para que atitudes como essa não se repitam em futuros processos eleitorais.

Os crimes cometidos por Carla Zambelli são de grande repercussão e envolvem o porte ilegal de arma de fogo, uma infração que, além de ser ilegal, coloca em risco a segurança pública e demonstra a irresponsabilidade da parlamentar ao usar uma arma de fogo sem a devida autorização. Além disso, Zambelli cometeu constrangimento ilegal ao utilizar a arma para intimidar o jornalista, fazendo com que ele se sentisse ameaçado e forçado a fugir das ruas de São Paulo, configurando uma atitude de abuso de autoridade.

A deputada, que até o momento não se manifestou publicamente sobre a gravidade das acusações, pode enfrentar consequências severas, caso a cassação seja aprovada por mais ministros do STF. Caso a decisão seja confirmada, Zambelli poderá cumprir uma pena de cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto.

Além desse episódio, Carla Zambelli tem sido uma figura polêmica em várias situações ao longo de sua carreira política. Em 2021, ela esteve envolvida em outra polêmica quando tentou invadir a sessão da CPI da Covid-19. A deputada, na época, foi vista tentando adentrar à sala de sessões da comissão sem ser chamada, em um claro ato de desrespeito à ordem do Senado. Esse comportamento foi amplamente criticado, não apenas pelos colegas parlamentares, mas também por membros da sociedade, que viam a atitude de Zambelli como uma tentativa de obstrução e de desestabilização das investigações da comissão.

Outro episódio controverso envolvendo a deputada ocorreu em 2022, quando Zambelli foi flagrada em um vídeo agredindo verbalmente um manifestante em frente ao Congresso Nacional. Ela fez duras críticas a ele, o que gerou indignação nas redes sociais e em outros setores políticos, que questionaram sua postura agressiva e intolerante diante de um cidadão que tinha o direito de expressar sua opinião.

A defesa da parlamentar, por sua vez, alegou que o comportamento agressivo registrado nas imagens foi uma reação a provocações de adversários políticos. No entanto, a atitude de Zambelli contribuiu para a sua imagem de polarização e falta de respeito ao diálogo democrático, colocando-a em rota de colisão com a oposição e também com parte da população que acredita na necessidade de um debate político mais civilizado.

Apesar da pressão da defesa, que alegou cerceamento de defesa devido à impossibilidade de realizar sustentação oral durante o julgamento, o processo segue em ritmo acelerado. O advogado de defesa da deputada, Daniel Bialski, afirmou em nota que a defesa foi prejudicada, já que o direito à sustentação oral não foi respeitado, sendo substituído por um vídeo enviado, o que, segundo ele, não garante a certeza de visualização pelos julgadores.

O julgamento ainda não está concluído, já que outros sete ministros devem votar até o dia 28 de março. A expectativa é que a votação tenha um desfecho mais amplo, com a maioria dos ministros se posicionando contra a deputada.

Esse caso não só destaca os problemas de abuso de poder por parte de autoridades públicas, mas também a necessidade de que os representantes do povo ajam com responsabilidade e respeito à legislação vigente. O julgamento de Carla Zambelli será um marco importante para a política brasileira, pois trará à tona as questões relacionadas ao uso indevido da autoridade política, à necessidade de punição para aqueles que desrespeitam a lei e a importância de preservar os direitos civis de todos os cidadãos.

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