Mato Grosso do Sul, 16 de março de 2025
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Foliões e Ambulantes denunciam agressões brutais da Polícia Militar no carnaval de Corumbá

Prefeito se pronuncia após relatos de violência policial durante festa; Vítimas sofrem ferimentos graves
Violência contra foliões assusta população
Violência contra foliões assusta população

O clima de festa no Carnaval de Corumbá foi ofuscado por graves denúncias de violência policial contra foliões e trabalhadores do evento. Relatos indicam que policiais militares teriam agredido brutalmente pessoas que tentavam acessar a praça de alimentação, incluindo ambulantes que trabalhavam no circuito da folia. Diante da repercussão, o prefeito Gabriel Alves de Oliveira se pronunciou, garantindo que “segurança deve ser sinônimo de proteção” e anunciando a flexibilização do horário de funcionamento das barracas.

As denúncias surgiram na madrugada do sábado, dia 1º de março, quando foliões foram atacados por policiais militares na Rua Frei Mariano, próximo à Avenida General Rondon. De acordo com o boletim de ocorrência nº 972/2025, registrado pelas vítimas, o episódio aconteceu quando um grupo de pessoas tentava acessar a praça de alimentação após o desfile do bloco “O Rolê”. Ao se depararem com um bloqueio da PM, houve questionamentos, mas os policiais impediram a passagem e, segundo relatos, passaram a agredir os foliões e ambulantes com cassetetes.

Foliões e Trabalhadores são agredidos sem motivos

Entre as vítimas está Wesley Patrick Cedreira, de 24 anos, que chegou a desmaiar devido à violência dos golpes. Ele foi socorrido por amigos e levado ao pronto-socorro, onde precisou ser internado na Santa Casa. Wesley sofreu ferimentos graves, levando pontos na região do nariz e apresentando lesões no rosto, boca, testa, costas e braços. Após receber alta, ele passou por exame de corpo de delito para comprovar as agressões.

A mãe de Wesley, Elaine Cedreira, cobrou justiça pelo ocorrido. “Foi desnecessário fazer uma coisa dessa, porque a pessoa está ali para brincar, tem o direito de ir e vir, e aí acontece uma coisa dessa. Já fomos procurar nossos direitos, registramos boletim de ocorrência, ele fez corpo de delito e agora vamos aguardar, mas esse caso não pode ficar por isso mesmo”, afirmou.

Outra vítima foi Marlon Vinícius Ribeiro Santana, de 26 anos, que sofreu golpes no rosto e teve o nariz fraturado. Ele também precisou de atendimento médico e conseguiu registrar o momento da agressão em vídeo. As imagens mostram o policial que o atingiu, o que pode auxiliar na identificação dos responsáveis pelo abuso de autoridade.

Ambulantes que trabalhavam na praça de alimentação também relataram truculência policial. Segundo testemunhas, PMs ordenaram o fechamento das barracas antes do horário permitido e agiram com agressividade contra trabalhadores que tentavam argumentar. “A gente só queria terminar de atender os clientes, já estava tudo pago. Mas chegaram gritando e empurrando, ameaçando levar mercadoria”, contou um dos comerciantes, que preferiu não se identificar.

Policial envolvido veio de Campo Grande

As primeiras informações indicam que o policial que golpeou Marlon não pertence ao 6º Batalhão da Polícia Militar de Corumbá. Ele faz parte de um efetivo extra enviado de Campo Grande para reforçar a segurança durante o Carnaval na cidade. Até o momento, a PM não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Prefeitura e Governo negociam mudanças

Diante das denúncias, o prefeito Gabriel Alves de Oliveira e a diretora-presidente da Fundação da Cultura, Wanessa Pereira Rodrigues, divulgaram uma nota oficial reforçando o compromisso com a segurança e repudiando qualquer tipo de violência. Sem citar diretamente os episódios relatados, o prefeito garantiu que “alegria, paz e justiça sempre estarão juntas” no Carnaval de Corumbá.

A questão do horário das barracas de alimentação também foi tema da conversa entre o prefeito e o comando da PM. Inicialmente, os estabelecimentos estavam autorizados a funcionar até as 4h, mas após negociações, foi acertada uma flexibilização, permitindo que comerciantes pudessem trabalhar sem preocupações com limitações impostas pela polícia.

Investigação segue em andamento

O caso foi registrado na 1ª Delegacia de Polícia Civil como lesão corporal dolosa, e as vítimas aguardam que os responsáveis sejam identificados e punidos. A repercussão do episódio gerou grande indignação entre os foliões e reforçou o debate sobre o uso excessivo da força por parte das forças de segurança durante eventos públicos.

A expectativa agora é que a Polícia Militar se manifeste oficialmente sobre o ocorrido e que o caso seja tratado com a devida seriedade pelas autoridades competentes.

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