Mato Grosso do Sul, 18 de junho de 2025
Campo Grande/MS
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Fórum propõe união do agro brasileiro em defesa do clima global

Evento reúne lideranças rurais e especialistas para formular posição unificada do setor na COP 30, que será realizada em Belém
Créditos: Eliza Maliszewski
Créditos: Eliza Maliszewski

O agronegócio brasileiro vivenciará um momento decisivo em sua trajetória rumo ao protagonismo ambiental. O 4º Fórum Futuro do Agro, organizado em parceria pelos veículos Globo Rural, Valor Econômico, O Globo e Rádio CBN, promoverá uma edição especial voltada à construção coletiva de uma posição representativa do setor para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, marcada para ocorrer em 2025 na cidade de Belém, no Pará.

O encontro, realizado em aliança com o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), buscará consolidar uma resposta articulada do agro brasileiro frente às demandas internacionais por sustentabilidade, combate às mudanças climáticas e promoção de uma produção ambientalmente responsável. Ao reunir produtores de todos os portes, empresários da cadeia do agronegócio, representantes de bancos, especialistas em políticas públicas e membros da sociedade civil organizada, o fórum pretende fortalecer o diálogo multissetorial com vistas à consolidação de um modelo de desenvolvimento rural compatível com os novos tempos.

Com início previsto para as 8h e encerramento às 16h, o evento acontecerá na capital paulista com acesso gratuito mediante inscrição, embora com número de vagas limitadas. A programação contará com quatro painéis temáticos de caráter interativo, abordando tópicos que vão desde o financiamento de práticas sustentáveis até os incentivos para produção e consumo consciente, passando pela transição energética e pela segurança alimentar.

No cerne das discussões está o desafio de incluir as pequenas propriedades na pauta ambiental global. O fórum pretende dar voz aos produtores rurais, estimulando que compartilhem suas vivências, obstáculos e conquistas no cotidiano do campo. A escuta ativa desse segmento é vista como essencial para que qualquer estratégia nacional de enfrentamento da crise climática seja ao mesmo tempo viável, democrática e representativa da diversidade do território brasileiro.

Entre os participantes confirmados, destaca-se a presença do professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que também atua como embaixador do agro na COP 30. Ao seu lado estarão nomes como Marcello Brito, secretário executivo do Consórcio Amazônia Legal e enviado especial da COP 30 para os estados subnacionais da Amazônia, além de produtores de diferentes regiões e perfis, como Pelerson Penido Dalla Vechia, representante do Grupo Roncador, no Mato Grosso.

Produtores de grãos e carne, agricultores familiares de estados como Minas Gerais, São Paulo e Maranhão, e representantes de propriedades de diferentes dimensões, estarão lado a lado com grandes empresas do setor de alimentos e tecnologia agrícola. Marfrig, BRF, JBS e Solinftec figuram entre as organizações que apoiam ou patrocinam o evento, demonstrando o interesse da iniciativa privada na promoção de soluções conjuntas.

A realização do fórum acontece em momento estratégico. Com o Brasil no centro das atenções internacionais por sediar a COP 30, cresce a responsabilidade dos diversos setores nacionais em apresentar compromissos concretos e estratégias robustas para redução de emissões, conservação ambiental e fortalecimento da resiliência climática. A atuação do agro nesse cenário é considerada fundamental, tanto pelo seu peso econômico quanto pela sua influência direta sobre os recursos naturais.

O Fórum Futuro do Agro surge, portanto, como um marco simbólico e prático. Ele representa a busca por um novo pacto entre campo e meio ambiente, onde a produtividade possa caminhar de mãos dadas com a preservação e a justiça social. Não se trata apenas de imagem internacional, mas da redefinição de um modelo que valorize o papel estratégico do produtor rural como guardião da terra e agente de soluções climáticas.

Ao final da programação, espera-se que sejam coletadas contribuições valiosas para a construção do documento-base que será levado como proposta brasileira à COP 30. Mais do que um evento, o fórum é uma convocação: para que o agro brasileiro deixe de ser apenas espectador e se torne protagonista de um futuro verde, resiliente e justo para todos.

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