Mato Grosso do Sul, 17 de maio de 2025
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Funcionários de prefeitura e empresa de engenharia são alvos de megaoperação do DRACCO em MS

A empresa investigada, com um capital social de R$ 200.000,00, apresenta um histórico suspeito. Desde sua fundação em 2015, ela firmou contratos administrativos com diversos municípios do interior do Estado
Em Campo Grande, um dos endereços vasculhados fica no Bairro Coronel Antonino (Foto: Izabela Cavalcanti)
Em Campo Grande, um dos endereços vasculhados fica no Bairro Coronel Antonino (Foto: Izabela Cavalcanti)

Uma megaoperação coordenada pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e a 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Três Lagoas, representando o Ministério Público, sacudiu o cenário político e administrativo de Selvíria-MS nesta quinta-feira (9/02).

A operação investiga um suposto esquema de peculato, contratação direta ilegal e lavagem de dinheiro, ligados a Secretaria de Obras do município.

As investigações revelaram um esquema de corrupção que envolve uma empresa de engenharia e consultoria com sede em Campo Grande. Esta empresa, contratada para o gerenciamento de obras e serviços municipais, teria se beneficiado de um contrato milionário com a Caixa Econômica Federal, no âmbito do Programa FINISA.

Com um contrato avaliado em R$ 930.000,00, destinado ao gerenciamento de obras e serviços municipais, as suspeitas começaram a surgir durante a análise do processo de inexigibilidade e do contrato em questão.

Os detalhes geraram desconfiança: uma “celeridade” anormal na tramitação do processo de inexigibilidade, concluído em apenas 5 dias, e coincidências de datas entre o Estudo Técnico Preliminar e a proposta da empresa, sugerindo acordos prévios.

Os servidores públicos envolvidos no processo não escaparam da mira das investigações. Divergências em seus relatos só aumentaram as suspeitas sobre a lisura do processo de licitação e contratação.

A empresa investigada, com um capital social de R$ 200.000,00, apresenta um histórico suspeito. Desde sua fundação em 2015, ela firmou contratos administrativos com diversos municípios do interior do Estado, totalizando uma quantia exorbitante de R$ 11.804.947,05. Isso levanta sérias suspeitas de manipulação de requisitos para favorecimento em licitações.

Com mandados de busca e apreensão deferidos pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Três Lagoas, a operação resultou no cumprimento de 9 mandados em Selvíria, Campo Grande e Coxim. Unidades da Polícia Civil, incluindo DRP Três Lagoas (SIG), DRP Coxim (SIG), Garras e DERF, também contribuiram com a operação. 

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