Mato Grosso do Sul, 22 de abril de 2025
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Garimpo ilegal sofre duro golpe no coração da Amazônia

Polícia Federal, ICMBio E Força Nacional desmontam estrutura criminosa em parque protegido que se estende por três estados
A ação resultou na inutilização de maquinário usado na prática criminosa e o aprofundamento de investigação na região
A ação resultou na inutilização de maquinário usado na prática criminosa e o aprofundamento de investigação na região


Polícia Federal, ICMBio E Força Nacional desmontam estrutura criminosa em parque protegido que se estende por três estados

Uma megaoperação que reuniu a Polícia Federal, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Força Nacional de Segurança Pública colocou um ponto final — pelo menos por enquanto — em uma grande estrutura de garimpo ilegal que vinha devastando o Parque Nacional dos Campos Amazônicos, uma das áreas mais ricas e sensíveis da Amazônia Legal.

Localizado entre os estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso, o parque é uma unidade de conservação de proteção integral, ou seja, não pode sofrer nenhum tipo de exploração econômica. Mesmo assim, garimpeiros vinham operando ilegalmente no local, causando danos irreversíveis à floresta, aos rios e à fauna da região. Foi por isso que a Operação Murus Viridis foi deflagrada — e não deu trégua para os criminosos.

Uma estrutura de garimpo completamente desmontada

Durante os dias de ação no interior do parque, os agentes inutilizaram um verdadeiro arsenal usado no crime ambiental. Ao todo, foram destruídas ou desmobilizadas:

Equipamento ou itemQuantidade
Escavadeiras hidráulicas6
Caminhões3
Motores bombas9
Motocicletas3
Caixas separadoras de minério6
Barracões de garimpo16
Litros de óleo diesel apreendidos8.000

Toda essa estrutura dava suporte ao garimpo ilegal que vinha sendo praticado em áreas remotas da floresta. Além dos equipamentos, os agentes também recolheram informações estratégicas que agora vão alimentar investigações para identificar os verdadeiros mandantes e financiadores da atividade criminosa.

Mais do que destruir máquinas, o alvo é desmontar quadrilhas

A atuação da Polícia Federal foi além da parte operacional. Durante a operação, equipes especializadas realizaram ações de inteligência para mapear as rotas do garimpo, identificar os chefes da cadeia criminosa e entender como esse esquema se conecta com organizações criminosas maiores, que muitas vezes atuam também em outras atividades ilegais como tráfico de drogas e armas.

Segundo os agentes, o objetivo agora é claro: investigar e punir os grandes nomes por trás do garimpo, e não apenas os trabalhadores locais, que muitas vezes são aliciados por redes criminosas mais amplas.

Impactos graves ao meio ambiente e às populações tradicionais

O garimpo ilegal não causa só danos visuais à floresta. Ele polui rios com mercúrio, destrói a vegetação nativa, afasta animais silvestres e coloca em risco a vida de populações tradicionais que vivem em harmonia com a natureza, como ribeirinhos e povos indígenas. A presença de maquinário pesado em plena floresta e o despejo de combustíveis em cursos d’água representam ameaças diretas à biodiversidade.

A importância do Parque Nacional dos Campos Amazônicos

Essa unidade de conservação é estratégica não só por seu tamanho e biodiversidade, mas também por estar localizada em uma região de transição entre floresta amazônica e cerrado. É um verdadeiro tesouro ecológico com centenas de espécies endêmicas e ameaçadas, além de rios importantes que abastecem várias comunidades.

Criado justamente para proteger esses ecossistemas frágeis, o parque vinha sofrendo com a ação de garimpeiros que operavam em áreas de difícil acesso, longe do olhar da fiscalização, mas que agora sofreram um duro golpe.

A Operação Murus Viridis é só o começo

As autoridades garantem que outras ações semelhantes devem acontecer nos próximos meses em diferentes áreas da Amazônia Legal. A ideia é enfraquecer as bases logísticas e financeiras do garimpo ilegal, garantindo que a floresta e seus povos tenham um futuro protegido.

O nome da operação, “Murus Viridis”, significa “muros verdes” em latim, e simboliza justamente a missão de proteger as muralhas naturais da Amazônia contra a destruição causada pela exploração ilegal e predatória.

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