Mais de 5,37 milhões de famílias brasileiras começam a receber, a partir desta terça-feira, 15 de abril, o valor de R$ 108 referente ao Auxílio Gás. O benefício é pago a cada dois meses pelo Governo Federal e tem como objetivo principal garantir o acesso ao gás de cozinha item essencial para o preparo de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social. Neste mês de abril, o investimento total chega a aproximadamente R$ 580,46 milhões, conforme informado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
O pagamento do benefício segue um calendário escalonado, de acordo com o Número de Identificação Social (NIS) do responsável pela família. Começa com quem tem o NIS terminado em 1, e vai até o dia 30 de abril, quando recebem os beneficiários com o NIS terminado em 0. No entanto, há uma exceção importante: cerca de 318 mil famílias que vivem em um dos 659 municípios em situação de emergência ou calamidade pública, reconhecidos oficialmente pelo Governo Federal, recebem o auxílio de forma antecipada, sem seguir o escalonamento. O valor reservado para esses casos é de R$ 34,38 milhões.
Auxílio que vai além do botijão: uma resposta social à crise
O Auxílio Gás foi criado para responder ao aumento dos preços do gás de cozinha (GLP), que nos últimos anos impactou fortemente o orçamento das famílias de baixa renda. Com o custo do botijão girando em torno de R$ 100, muitas pessoas precisaram escolher entre comer ou comprar gás. O programa, então, passou a representar muito mais do que um simples repasse: é uma ferramenta de justiça social, que protege o direito básico à alimentação preparada com dignidade.
O valor do benefício corresponde a 100% da média nacional do preço de um botijão de 13 quilos. Esse cálculo é feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com base no monitoramento do mercado. O repasse é individualizado, sendo um por residência, e o valor é depositado na conta onde o beneficiário já recebe o Bolsa Família ou outro benefício social.
Quem tem direito ao Auxílio Gás
Para receber o Auxílio Gás, é preciso estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico), com os dados atualizados. O benefício é concedido prioritariamente às famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, incluindo aquelas que já recebem o Bolsa Família. Também têm prioridade mulheres vítimas de violência doméstica sob medidas protetivas de urgência, conforme previsto na legislação que instituiu o programa.
Distribuição regional: o gás que aquece os lares de Norte a Sul
A cobertura do programa alcança todos os estados do Brasil, com destaque para a Região Nordeste, que lidera em número de famílias atendidas: são mais de 2,52 milhões de lares contemplados, o que representa R$ 272,5 milhões em investimento. O Sudeste vem logo atrás, com 1,76 milhão de famílias e R$ 190,22 milhões repassados.
Na Região Norte, são 516,71 mil famílias recebendo R$ 55,8 milhões. O Sul conta com 366,73 mil famílias, totalizando R$ 39,6 milhões em pagamentos. Já no Centro-Oeste, os mais de 206,61 mil domicílios somam R$ 22,31 milhões em transferências.
Essa ampla distribuição mostra o alcance nacional do programa e sua importância estratégica no combate à pobreza energética, ou seja, à dificuldade de acesso a fontes seguras e acessíveis de energia, como o gás de cozinha.
Mais do que um benefício: um compromisso com a segurança alimentar
O Auxílio Gás se tornou uma das políticas públicas mais importantes para as famílias de baixa renda. Em muitos casos, ele é a única forma de garantir o preparo da comida diária. Para quem vive com pouco, o preço de um botijão é um obstáculo real. Sem esse apoio, muitas famílias recorrem a alternativas perigosas, como o uso de lenha, álcool ou outros combustíveis improvisados, aumentando os riscos de acidentes domésticos.
Além disso, o programa fortalece a rede de proteção social brasileira, caminhando junto com outras políticas como o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa Brasil Sem Fome, todos voltados para garantir o direito à alimentação e à segurança alimentar.
Compromisso do Governo Federal com o povo mais vulnerável
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe do Ministério do Desenvolvimento Social vêm reforçando o compromisso com as famílias mais pobres do país. O relançamento do Auxílio Gás, ainda em 2023, com a recomposição do valor para 100% do botijão, foi uma resposta direta à crise econômica e social que atingiu os brasileiros nos últimos anos.
O programa tem previsão de continuidade com o pagamento bimestral até, pelo menos, 2026. E a meta é seguir aprimorando os mecanismos de seleção e pagamento para que o benefício chegue, de forma mais rápida e eficiente, a quem realmente precisa.
Enquanto o preço do gás segue elevado e os desafios do custo de vida se mantêm, o Auxílio Gás continua sendo um dos principais instrumentos de apoio direto às famílias brasileiras. É o gás que chega em boa hora, garantindo o fogo aceso e a comida na panela.
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