Mato Grosso do Sul, 25 de abril de 2025
Campo Grande/MS
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Governadores se unem por segurança e clima: aliança quer ações rápidas e integradas no Sul do Brasil

Eduardo Riedel lidera encontro com governadores para criar sistema de resposta a desastres e reforçar combate ao crime organizado nos estados do Codesul
Governadores assinaram documento sobre sistema de monitoramento do clima  -  Divulgação/Codesul
Governadores assinaram documento sobre sistema de monitoramento do clima - Divulgação/Codesul

Uma nova frente de trabalho está nascendo entre os governadores do Sul do Brasil. E não é pouca coisa. O encontro desta quarta-feira, 23 de abril, em Brasília, entre os líderes do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), mostrou que os chefes dos executivos de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão com os olhos voltados para o futuro, de olho na segurança da população e nas ameaças que vêm tanto do céu quanto do chão.

A reunião foi liderada pelo governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, atual presidente do Codesul. Ele chamou o encontro de “estratégico e urgente” para alinhar medidas de integração entre os estados, com dois focos bem definidos: segurança pública e mudanças climáticas. De um lado, o combate ao crime organizado que já não respeita fronteiras estaduais. Do outro, a tentativa de prever e reagir a desastres naturais que têm se tornado cada vez mais comuns, como enchentes, secas severas e queimadas que castigam o meio ambiente e afetam milhares de famílias.

Durante o encontro, os governadores assinaram um memorando de entendimento com o Banco Mundial, que agora entra oficialmente como parceiro no projeto de criação de um sistema integrado de monitoramento climático. Esse sistema vai funcionar como uma central inteligente, com base em dados e tecnologia, capaz de prever, alertar e apoiar ações rápidas em situações de emergência.

“Vivemos eventos extremos com frequência cada vez maior. A população está pagando caro por isso. Precisamos nos antecipar. O sistema que estamos construindo, com apoio do Banco Mundial, vai nos dar essa capacidade. Teremos ferramentas para responder mais rápido e de forma coordenada”, explicou Riedel.

A proposta prevê que o sistema entre em fase de licitação ainda no primeiro semestre de 2025, com conclusão das etapas iniciais até julho. A meta é clara: unir os quatro estados em uma resposta conjunta e tecnológica diante das mudanças climáticas, fortalecendo também ações preventivas nas regiões mais vulneráveis.

E não para por aí. O encontro também serviu para reforçar a união dos estados no enfrentamento ao crime organizado, que age muitas vezes nas fronteiras, se aproveitando da fragilidade da fiscalização individual. Riedel destacou que somente com inteligência compartilhada e ações integradas será possível enfraquecer essas organizações criminosas.

“A violência está cada vez mais articulada. É preciso agir com a mesma força. Os quatro estados atuando de forma coordenada, trocando informações, usando tecnologia e mapeando as ações do crime, vão conseguir resultados muito maiores. É um passo importante para 2025 e além”, afirmou o governador.

Os governadores ainda apresentaram um plano regional de longo prazo, com metas até 2040, pensando em desenvolvimento sustentável. Esse plano inclui investimentos conjuntos em áreas como educação, meio ambiente, logística e regularização fundiária. A ideia é que os estados cresçam juntos, com políticas que dialoguem entre si, respeitando as particularidades de cada região, mas mirando um objetivo comum.

Outro ponto debatido foi a atuação política no Congresso. O grupo vai mobilizar suas bancadas federais para discutir temas como o FPE (Fundo de Participação dos Estados), mudanças no tratado rodoviário internacional, perdas na arrecadação de royalties de petróleo e gás, além da regulamentação fundiária nas faixas de fronteira. São pautas que têm impacto direto na arrecadação, gestão e capacidade de investimento dos estados.

Participaram do encontro, além de Eduardo Riedel, os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Jorginho Mello (Santa Catarina), o vice-governador do Paraná, Darci Piana, e representantes técnicos e jurídicos do Banco Mundial, que contribuíram com análises e propostas de atuação prática para os projetos apresentados.

Essa união dos estados do Codesul marca uma nova fase na gestão pública regional. É uma resposta à altura dos desafios que o Brasil enfrenta hoje. Seja no combate ao crime, seja na luta contra o impacto das mudanças climáticas, a palavra de ordem agora é: trabalhar junto, com inteligência e agilidade.

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