Milhões de brasileiros que aguardam por uma cirurgia eletiva no Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber um importante alívio nos próximos meses. O Governo Federal anunciou a realização de um mutirão nacional para reduzir as filas de cirurgias, acelerando atendimentos e ampliando o acesso da população a procedimentos fundamentais. A iniciativa faz parte do Programa Nacional para a Redução de Filas de Cirurgias e começa a partir de março em todos os estados brasileiros.
O mutirão surge em um momento de retomada histórica no volume de procedimentos realizados pelo SUS. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, 2024 registrou o maior número de cirurgias eletivas já feitas pelo sistema: foram 14 milhões de operações realizadas, um recorde absoluto. “Ainda há muito a fazer. A partir de março, realizaremos o Mutirão Nacional para Redução das Filas, garantindo atendimento mais rápido e eficiente para quem precisa”, declarou a ministra.
O desafio das filas e a urgência do mutirão
A fila por cirurgias no SUS é um problema crônico no Brasil, agravado pela pandemia de covid-19. Durante a crise sanitária, muitos procedimentos foram adiados, gerando uma demanda reprimida que ainda impacta milhões de pacientes. Para enfrentar essa realidade, o governo lançou, em 2023, o Programa Nacional para a Redução de Filas de Cirurgias, que agora será reforçado pelo mutirão.
“Temos um grande desafio pela frente, que é assegurar que o tempo de espera por uma cirurgia seja reduzido ao máximo. Esse tempo é muito desigual entre os estados e entre algumas especialidades, por isso ações como essa são tão necessárias”, afirmou Nísia Trindade.
Como vai funcionar o mutirão?
O mutirão será conduzido com a participação dos estados e municípios, que deverão aderir ao programa enviando suas programacões de cirurgias, acompanhadas de aprovação das Comissões Intergestores Bipartite (CIB) estaduais. A Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes) avaliará e aprovará as propostas, garantindo que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e conforme as necessidades de cada região.
Os recursos destinados ao mutirão serão distribuídos proporcionalmente à população de cada estado, com base nas estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Tribunal de Contas da União. Além disso, um monitoramento quadrimestral avaliará a execução dos procedimentos e permitirá ajustes para maximizar o impacto do programa.
Mais Acesso a Especialistas: o reforço ao atendimento especializado
O mutirão faz parte do Programa Mais Acesso a Especialistas (Pmae), uma estratégia do Ministério da Saúde para ampliar e agilizar o acesso às consultas, exames especializados e cirurgias no SUS. Com foco na desburocratização do atendimento, o programa busca garantir que os pacientes tenham acesso rápido aos especialistas necessários, reduzindo o tempo de espera e melhorando a qualidade do serviço público de saúde.
O Pmae também traz inovações como um modelo de remuneração baseado no cuidado integral do paciente e na resolutividade do atendimento. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões em diversas áreas prioritárias, como oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
O programa já conta com a adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios. Até o momento, 136 planos de ação regionais foram apresentados, beneficiando diretamente mais de 167 milhões de brasileiros.
Impacto esperado e a esperança de milhões de pacientes
A implementação do mutirão nacional de cirurgias traz uma nova esperança para quem está na fila aguardando um procedimento há meses ou até anos. A expectativa é que, com a aceleração dos atendimentos, milhares de brasileiros possam recuperar sua qualidade de vida e retomar suas atividades diárias sem as limitações causadas pelas condições de saúde.
Para garantir o sucesso da iniciativa, o Ministério da Saúde reforça a importância da colaboração entre governos estaduais e municipais, além da participação ativa dos profissionais de saúde. “Estamos criando as condições para que a população tenha acesso mais rápido e eficiente ao atendimento especializado. O tempo do descaso ficou para trás, e agora é o momento de fortalecer o SUS e garantir o direito à saúde para todos”, concluiu a ministra Nísia Trindade.
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