Na tarde desta quarta-feira, o governo federal deu um passo importante para o futuro da Amazônia. o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, esteve em Manaus junto com representantes da Finep, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e de outras instituições, para anunciar uma série de investimentos voltados à saúde, à bioeconomia e ao desenvolvimento científico da região. o valor total chega a R$ 29,7 milhões, sendo que R$ 24 milhões serão direcionados diretamente para projetos amazônicos.
As assinaturas de quatro termos de compromisso marcaram a cerimônia. os projetos vão desde pesquisa de ponta no combate a doenças graves, como o glioblastoma – um tipo agressivo de câncer cerebral – até soluções sustentáveis para uso de fibras vegetais na produção de plásticos biodegradáveis. além disso, serão feitas melhorias na infraestrutura de centros de pesquisa e no acervo científico do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus.
De acordo com Geraldo Alckmin, a ideia é tornar a ciência uma aliada poderosa da floresta e das pessoas que vivem nela. “Estamos investindo em pesquisas com foco na sustentabilidade e na saúde. são R$ 10 milhões só para o CBA, que vai pesquisar materiais biodegradáveis, refino de produtos naturais e até medicamentos para doenças graves. também vamos contar com a parceria do setor privado e do IPT de São Paulo”, afirmou o presidente em exercício.
O presidente da Finep, Celso Pansera, ressaltou que o momento marca uma virada no papel da ciência na Amazônia. “Estamos transformando o CBA num polo de inovação, que vai impactar positivamente a economia da região e promover o uso inteligente dos recursos naturais”, disse.
Outro projeto que chamou atenção foi o da reestruturação do acervo científico do CBA, que guarda uma coleção valiosa de microrganismos. o secretário Rodrigo Rollemberg, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), explicou que esse acervo pode ser usado para desenvolver produtos para a agricultura, cosméticos e medicamentos. “É uma riqueza que a ciência está começando a aproveitar com responsabilidade e inovação”, destacou.
Entre os projetos contemplados, estão:
- Plataforma de RNA com nanotecnologia para tratamento de glioblastoma
- Cadeias produtivas sustentáveis com fibras e produtos vegetais para criar polímeros biodegradáveis
- Preservação e modernização do acervo do CBA
- Rede de biorrefino com laboratórios conectados para inovação em bioprodutos
Além desses, uma outra iniciativa importante anunciada durante o evento foi a autorização para a doação de terrenos ao INPA, viabilizando a instalação de novos laboratórios do projeto Sistema Amazônico de Laboratórios Satélites (SALAS). a área doada é uma floresta nativa que abriga projetos científicos de ponta, como as Torres do LBA, o AmazonFace e o INCT Madeiras da Amazônia.
O diretor do INPA, Henrique dos Santos Pereira, destacou a importância da região. “É uma área única, que já abriga pesquisas essenciais para entender o clima, a floresta e o potencial da biodiversidade amazônica. agora, com novos laboratórios, vamos ampliar ainda mais esse trabalho”, afirmou.
Para o governo, a aposta na ciência é também uma estratégia para desenvolver a região de forma sustentável, gerando emprego, renda e conhecimento sem destruir a floresta. como disse Geraldo Alckmin ao encerrar a cerimônia: “investir em ciência na Amazônia é investir no Brasil do futuro”.
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