Mato Grosso do Sul, 22 de abril de 2025
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Guerra comercial esquenta: China reage com tarifa de 84% e crise atinge economia global

Resposta dura a Trump derruba bolsas, faz dólar disparar e mostra que tensão entre gigantes pode afetar o mundo inteiro
Imagem - AiNews
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A guerra comercial entre Estados Unidos e China atingiu um novo e perigoso patamar. Nesta quarta-feira, o governo chinês anunciou uma tarifa de 84% sobre produtos americanos, em resposta direta à escalada tarifária liderada por Donald Trump, que passou a aplicar 104% de imposto sobre itens chineses a partir de hoje. A retaliação entra em vigor já nesta quinta-feira e promete abalar ainda mais a economia global.

O impacto foi imediato. Bolsas de valores em queda pelo mundo, dólar passando de R$ 6 no Brasil e um clima geral de incerteza sobre os próximos passos da disputa. Com duas das maiores economias do planeta em rota de colisão, o temor de uma recessão global volta a ganhar força nos mercados e nos bastidores diplomáticos.

O Ministério das Finanças da China foi direto: não vai aceitar “comportamento dominador e intimidador”. Além da nova tarifa, Pequim incluiu 12 empresas americanas na lista de controle de exportações e mais seis companhias na chamada lista de instituições não confiáveis. Essas medidas impedem que essas empresas negociem, invistam ou operem livremente na China. Paralelamente, o país já protocolou uma queixa oficial na Organização Mundial do Comércio contra os Estados Unidos.

De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, os Estados Unidos continuam impondo tarifas arbitrárias e exercendo pressão sem limites. “A China se opõe firmemente a isso”, declarou durante uma coletiva de imprensa.

O governo Trump havia anunciado no início de abril o pacote de “tarifas recíprocas”, que passou a valer no último sábado. Inicialmente, a taxa mínima foi de 10% para diversos países, incluindo Brasil e Argentina, mas a tarifa sobre produtos chineses saltou para 104% com as sucessivas atualizações. Essa taxa inclui os 20% já em vigor, os 34% anunciados na semana passada e um adicional de 50% confirmado nesta semana.

O plano de Trump é claro: pressionar empresas estrangeiras a abrirem fábricas nos Estados Unidos para fortalecer a produção nacional e gerar empregos. Mas muitos analistas alertam que o efeito colateral pode ser justamente o contrário. Aumentar o custo das importações tende a encarecer os produtos dentro dos próprios Estados Unidos, afetando consumidores e indústrias que dependem de peças e insumos importados.

Economistas preveem que esse cenário pode provocar desaceleração econômica, tanto nos EUA quanto globalmente. Há preocupação com o aumento da inflação, ruptura das cadeias de suprimentos e retração do comércio internacional.

Enquanto isso, a China aproveita a turbulência para estreitar laços com seus vizinhos. Em uma conferência sobre diplomacia periférica do Partido Comunista, o presidente Xi Jinping defendeu uma integração mais profunda com os países da Ásia e pediu cooperação nas cadeias produtivas e industriais. O líder chinês não citou diretamente as tarifas dos EUA, mas deixou clara a intenção de transformar a crise em oportunidade para reposicionar a China como referência regional e global.

A última vez que o país organizou uma reunião com esse foco foi em 2013, o que mostra o peso do momento atual. A estratégia é fortalecer alianças regionais para minimizar o impacto das sanções e ampliar sua influência política e econômica na Ásia.

Com a tensão em alta, o mundo inteiro acompanha os próximos passos desse embate entre gigantes. Cada nova tarifa, cada nova retaliação, tem o poder de mexer com os preços nos mercados, influenciar o custo de vida e até alterar o curso da economia de países que nada têm a ver com a disputa direta.

A pergunta que fica é: até onde vai essa guerra e quem realmente vai pagar a conta?

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