Um homem de 54 anos, com mais de 70 passagens pela polícia por crimes como roubo, homicídio e atentado violento ao pudor, foi preso em flagrante suspeito de estuprar um menino de 7 anos no bairro Rita Vieira, em Campo Grande. O caso, de extrema gravidade, gerou revolta entre moradores da região e provocou forte comoção pública.
O crime ocorreu quando o menino brincava próximo de sua residência. Segundo o boletim de ocorrência e os relatos da vítima à polícia, o suspeito atraiu a criança oferecendo dinheiro e a arrastou à força até uma casa improvisada no matagal ao final da Avenida Ana Batista Caminha. Ali, consumou o abuso.
A vítima contou que tentou resistir, mas foi ameaçada com violência. “Ele me tapou a boca e falou que, se eu gritasse, ele não ia me soltar. Fiquei com falta de ar”, relatou o menino. Durante a tentativa de uma nova agressão, a criança conseguiu morder o braço do agressor e fugiu, correndo até sua casa e alertando a mãe, que ficou desesperada.
A mulher, abalada e sob efeito de medicamentos, contou à polícia que pegou a motocicleta e tentou perseguir o agressor, mas ele se embrenhou no mato. Moradores da região chegaram a encontrar o homem, que foi espancado antes da chegada da Polícia Militar. O barraco onde ele vivia foi incendiado por populares.
A criança foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Universitário, onde o abuso foi confirmado por exames médicos. Além disso, passou por profilaxia contra doenças sexualmente transmissíveis e está sob acompanhamento psicológico e clínico. O Conselho Tutelar foi acionado e acompanha o caso.
Segundo registros do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o acusado possui um extenso histórico de crimes cometidos em diversas cidades, entre elas Dourados, Costa Rica, Batayporã, Nova Andradina, Deodápolis, Iguatemi, Paranaíba, Anastácio e Três Lagoas. Sua ficha criminal abrange 18 páginas de ocorrências, o que levanta questionamentos sobre o sistema penal e a reincidência de criminosos de alta periculosidade.
Diante da gravidade do caso, especialistas alertam para a importância da vigilância constante com crianças, principalmente em áreas de vulnerabilidade social. Entre as principais recomendações estão:
- Acompanhar de perto onde e com quem a criança brinca;
- Ensinar desde cedo o que é abuso e que a criança deve relatar qualquer comportamento suspeito;
- Manter canais abertos de diálogo com os filhos;
- Evitar que crianças brinquem sozinhas em vias públicas ou locais afastados;
- Conhecer a vizinhança e estar atento à movimentação de pessoas desconhecidas na área;
- Informar à criança que ela nunca deve aceitar presentes, dinheiro ou convites de estranhos.
As autoridades reforçam que qualquer suspeita deve ser imediatamente comunicada à polícia ou ao Conselho Tutelar local. A prevenção é o principal instrumento para evitar tragédias semelhantes.
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