Carlos Magno Grangeiro de Queiroz, de 39 anos, encontrado morto dentro de um Audi na Vila Progresso na madrugada desta segunda-feira (29) estava foragido. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto por crime cometido no Ceará, de onde ele era natural, em 2018.
Conforme apurado, no processo pelo qual Carlos respondia por crime contra a fé pública, ele teve mandado de prisão expedido em abril de 2020. O juiz Ricardo Bruno Fontenelle, do TJCE (Tribunal de Justiça do Ceará) pontuou que Carlos respondia a pelo menos 12 outros processos, “demonstrando ser indivíduo inclinado às práticas delitivas”.
Por não ter sido localizado no decorrer do processo, o magistrado também entendeu o claro interesse de fuga do réu, que sem avisar à Justiça estava vivendo em Campo Grande. O pedido de prisão foi reavaliado em agosto de 2020 e mantido. A partir daí, o réu acabou localizado.
O mandado de prisão foi encaminhado para a Polinter, que atua no serviço de capturas, no dia 10 de março deste ano, mas ainda não teria sido cumprido. Conforme o endereço que consta no mandado, Carlos morava na região do Universitário.
Morte a esclarecer
Carlos foi encontrado morto com um ferimento a tiro na cabeça, dentro do Audi, por volta das 2 horas desta segunda-feira. Segundo testemunhas, o carro descia a rua descontrolado, até bater e parar na Rua Salgueiro com a Rua Aguiar Pereira, na Vila Progresso.
Corpo de Bombeiros foi acionado, mas a vítima já estava morta. Dentro do carro foi encontrada a pistola calibre 380, com um carregador e 7 munições intactas, além de duas deflagradas. Perícia e Polícia Civil também estiveram no local e segundo amigos, Carlos trabalhava com venda e compra de veículos e estaria endividado.
Antes de ser encontrado morto, ele teria enviado mensagens e telefonado para o amigo. O caso é tratado como morte a esclarecer e não é descartada hipótese de suicídio.