Três Lagoas — Em resposta à crescente demanda por atendimentos de alta complexidade decorrentes do aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul adotou uma medida estratégica e emergencial ao ampliar significativamente o número de leitos de terapia intensiva pediátrica no Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, localizado no município de Três Lagoas. A unidade passou a contar com 20 leitos pediátricos de UTI, o dobro do número anteriormente disponível, tornando-se referência na assistência hospitalar infantil em todo o leste sul-mato-grossense.
A ampliação foi formalizada na quarta-feira, 14 de maio, data em que os primeiros dez novos leitos foram oficialmente ativados e começaram a receber pacientes já nas primeiras horas de funcionamento. De acordo com os dados operacionais divulgados pela unidade, quatro crianças foram internadas ainda no mesmo dia, evidenciando a urgência da medida adotada.
O processo de atendimento dos pacientes segue os protocolos definidos pela regulação estadual, com a admissão de casos exclusivamente via encaminhamento médico, exceto em situações classificadas como de extrema urgência, nas quais o atendimento em porta aberta é autorizado.
Com a ativação dos novos leitos infantis, o Hospital Regional de Três Lagoas totaliza atualmente 40 leitos de terapia intensiva em operação: 10 voltados para adultos, 10 específicos para a unidade coronariana e 20 destinados ao público pediátrico. O reforço na estrutura ocorre em um período crítico do calendário epidemiológico, marcado pelo aumento das doenças respiratórias, especialmente entre o público infantil, que se mostra mais vulnerável durante os meses de outono e inverno.
A superintendente de Gestão Estratégica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Maria Angélica Benetasso, esteve pessoalmente na unidade hospitalar para acompanhar a implantação da nova ala intensiva pediátrica e destacou que a escolha por Três Lagoas se deu com base em critérios técnicos rigorosos, que vão muito além da disponibilidade de espaço físico.
“Não basta ter uma sala ou equipamentos. Para operar um leito de UTI pediátrica é necessário contar com profissionais altamente capacitados, em especial pediatras intensivistas, cuja disponibilidade no Brasil é limitada. Três Lagoas demonstrou estar apta em todos esses aspectos, tanto em recursos humanos quanto em estrutura física e tecnológica”, explicou Maria Angélica.
O diretor-geral do Hospital Regional da Costa Leste, Henrique Schultz, também acompanhou o início das operações da nova ala e elogiou o empenho e a celeridade da equipe médica e técnica envolvida na expansão da estrutura. Segundo ele, a decisão foi tomada e implementada em tempo recorde, com a mobilização de diversos setores da unidade.
“Foi uma ação planejada e executada com agilidade e responsabilidade. Conseguimos mobilizar todos os recursos necessários para garantir que as crianças da nossa região tenham acesso a um atendimento intensivo de qualidade. A equipe está comprometida e preparada para esse desafio”, afirmou o diretor.
A medida integra um conjunto mais amplo de ações promovidas pelo Governo de Mato Grosso do Sul para intensificar a resposta do sistema de saúde estadual às doenças respiratórias, que registram picos anuais nesta época do ano. Além da ampliação dos leitos, a estratégia inclui reforço no fornecimento de insumos, contratação de profissionais temporários e fortalecimento da rede de vigilância epidemiológica.
As doenças respiratórias continuam sendo uma das principais causas de internação hospitalar entre crianças no Brasil, especialmente as causadas por vírus como o influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), responsáveis por quadros severos de bronquiolite e pneumonia. A síndrome respiratória aguda grave é caracterizada por sintomas como febre, tosse, dificuldade para respirar e queda na oxigenação do sangue, exigindo, em muitos casos, internação em unidades de terapia intensiva.
O Governo do Estado reforça que pais e responsáveis devem ficar atentos aos sintomas nas crianças e procurar atendimento médico imediato diante de qualquer sinal de agravamento respiratório. O objetivo, segundo a SES, é evitar que quadros leves evoluam para situações críticas, exigindo cuidados intensivos.
Com a ampliação dos leitos em Três Lagoas, a região leste do estado fortalece seu papel como polo de saúde pediátrica, ampliando o alcance da assistência especializada para dezenas de municípios vizinhos. A expectativa do Governo é que a medida contribua decisivamente para reduzir a mortalidade infantil associada a doenças respiratórias durante o período sazonal.
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