Incêndio de grandes proporções, mas não temos o número exato da área queimada”, explica o tenente do Corpo de Bombeiros, Gustavo Magrão Frias, que esteve à frente da operação de combate ao incêndio que se alastrou por quatro bairros da Capital nesta tarde: Vila Albuquerque, Residencial Betaville, Coopharadio e Rita Vieira.
Conforme noticiado anteriormente, o incêndio iniciou por volta das 13h e, devido aos fortes ventos, vários focos de fogo surgiram ao longo da região. Segundo o tenente Frias, o incêndio atingiu parte de um ferro-velho, o beiral de várias residências em condomínios próximos, e alguns quintais, inclusive na área de lavanderias.
No entanto, além de ainda não ser possível mensurar a área queimada em metros quadrados, a causa do incêndio continua desconhecida. “Ainda não temos informações sobre a causa ou a origem do incêndio; quando chegamos, o fogo já estava fora de controle. Felizmente, conseguimos controlar todos os focos e agora estamos fazendo o rescaldo. Temos cerca de 15 militares e sete viaturas envolvidos, e ainda estamos finalizando o reconhecimento da área”, afirmou.
O incêndio se espalhou pela mata próxima à Avenida Interlagos, alcançou o terreno do ferro-velho na Rua Júlio Verne e chegou a atingir outro terreno às margens da Avenida Noroeste. Por volta das 15h40, ainda era possível avistar resquícios de fumaça no local, e os militares continuavam no rescaldo do incêndio.
O tenente Frias também ressaltou que não houve nenhuma vítima do incêndio, entretanto, algumas famílias tiveram prejuízo em bens materiais. Uma das famílias que teve a casa atingida foi de uma idosa, de 61 anos, que não quis se identificar.
Ela apenas relatou que vive no local com dois filhos e o esposo. A idosa também explicou que estava no momento em que o incêndio avançou pelo quintal de sua residência, localizada na Avenida Noroeste.
Durante o incidente, ela e o esposo conseguiram sair da casa, mas a cadela Bolinha ficou assustada e precisou ser resgatada por uma vizinha, a policial militar Luana Ada, de 28 anos. “Falaram que o cachorro estava lá e pediram para ajudar, mas em nenhum momento esqueceram do animalzinho”.
Luana também ressaltou que a queimada de hoje é um momento para refletir sobre as queimadas criminosas, que estão cada vez mais comuns na Capital, especialmente devido à baixa umidade. “Temos que ressaltar que é preciso que a população pare de queimar em terrenos baldios. Temos que evitar as queimadas criminosas”.