Mato Grosso do Sul, 17 de junho de 2025
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Inclusão e transformação social: inscritos no CadÚnico ocupam quase 99% dos novos empregos formais no Brasil em 2024

Dados do Caged confirmam que beneficiários do Bolsa Família e de outros programas sociais são protagonistas na geração de emprego, derrubando preconceitos e fortalecendo a economia popular
Imagem - Marcelo Camargo
Imagem - Marcelo Camargo

O Brasil vive um momento decisivo no combate à pobreza e na promoção da inclusão social. Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que, no ano de 2024, 98,87% das vagas formais criadas no país foram ocupadas por pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais. Este número, além de expressivo, desmente narrativas preconceituosas e comprova que os brasileiros de baixa renda não apenas desejam trabalhar, como estão cada vez mais ocupando espaço no mercado formal.

Do total de 1,69 milhão de novos empregos formais gerados no país, 1,27 milhão equivalente a 75,5% foram preenchidos por beneficiários do Programa Bolsa Família. Outros 395 mil postos, o que representa 23,4%, ficaram com pessoas que estão no CadÚnico, mas não recebem o benefício diretamente.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou a importância desses dados como instrumento de combate ao preconceito social. “O Caged mostra, na prática, que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único querem trabalhar, estão empregadas e buscam empregos dignos. Peço que observem essa realidade para que possamos desconstruir qualquer forma de preconceito contra os mais pobres”, afirmou o ministro.

O desempenho observado em 2024 se mantém em 2025. Somente entre janeiro e abril deste ano, das 920 mil novas vagas criadas, 75% foram ocupadas por pessoas vinculadas ao CadÚnico, sendo, em sua maioria, mulheres. Esse movimento, segundo especialistas, reflete uma mudança estrutural no mercado de trabalho, impulsionada por políticas públicas que conciliam transferência de renda, proteção social e inclusão produtiva.

Um dos principais mecanismos que favoreceu esse avanço é a Regra de Proteção do Bolsa Família. Essa norma permite que as famílias beneficiárias, mesmo após conseguirem um emprego formal, continuem recebendo 50% do valor do benefício por um período de até dois anos. Além disso, mantêm os valores adicionais destinados a gestantes, crianças e adolescentes. Atualmente, cerca de 3,02 milhões de famílias estão amparadas por essa regra, que tem sido essencial para garantir estabilidade durante a transição para o mercado formal.

A partir da folha de pagamento de julho, o programa passará por uma atualização, visando reduzir filas, priorizar famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza e garantir maior sustentabilidade ao sistema. A medida busca ainda assegurar que os benefícios sejam destinados, de fato, a quem mais precisa, otimizando os recursos públicos.

Wellington Dias ressalta que a formalização não significa, automaticamente, a perda do benefício. “Assinar a carteira não cancela o Bolsa Família. Estamos oferecendo capacitação profissional em vários setores, e os resultados estão sendo extraordinários”, pontuou o ministro. Uma das mudanças que trouxe maior segurança, especialmente para trabalhadores do setor agrícola e de atividades sazonais, foi a adoção da média de renda dos últimos 12 meses, ao invés da análise isolada de um único mês. Isso assegura que os beneficiários não percam o acesso ao programa devido às variações temporárias na renda.

O impacto positivo não se restringe ao aumento dos empregos. Em 2024, a renda do trabalho das famílias mais pobres cresceu 10,7%, um avanço expressivo e muito superior ao crescimento observado entre os 10% mais ricos, que foi de 6,7%. Esse fenômeno resultou na maior redução da desigualdade social no Brasil registrada nos últimos anos, com uma elevação média da renda do trabalho de 7,1%.

Esses avanços foram confirmados por estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Segundo o economista Marcelo Neri, responsável pela pesquisa, “o Brasil registrou uma redução muito forte da desigualdade em 2024, puxada principalmente pela expansão da renda do trabalho, mais até do que por outros componentes da renda familiar.”

A integração entre programas de assistência social, políticas de qualificação profissional e estratégias de inclusão produtiva demonstra que o modelo adotado pelo governo federal está gerando resultados concretos. Além de combater a fome e a extrema pobreza, ele fortalece a economia, promove a dignidade e constrói um caminho mais justo para milhões de brasileiros.

Mais do que números, os dados revelam histórias de superação, resiliência e transformação social. A mensagem é clara: quem está no Cadastro Único quer trabalhar, produzir e contribuir para o crescimento do país. E os dados provam que, quando são oferecidas oportunidades, esses brasileiros e brasileiras respondem com disposição, empenho e resultados.

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