Mato Grosso do Sul, 18 de fevereiro de 2025
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Inflação perde força em janeiro de 2025, aponta IBGE

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,50%, ligeiramente inferior aos 4,71% registrados nos 12 meses anteriores. Em janeiro de 2024, a taxa foi de 0,31%, indicando uma tendência de desaceleração
Conta residencial de luz: ação da estatal Itaipu puxou tarifas para baixo
Conta residencial de luz: ação da estatal Itaipu puxou tarifas para baixo

A prévia da inflação divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24) mostrou uma desaceleração no índice de preços ao consumidor. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,11% em janeiro de 2025, 0,23 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de dezembro de 2024, que foi de 0,34%. O principal fator para essa desaceleração foi a significativa queda nos preços da energia elétrica residencial, que recuou 15,46% no período, contribuindo com um impacto negativo de -0,60 p.p. no índice geral.

Influência da energia elétrica na inflação

A redução na conta de luz teve um papel fundamental na queda do grupo Habitação, que apresentou uma retração de -3,43%, sendo o único grupo a registrar queda no mês. O motivo principal para essa diminuição foi a incorporação do Bônus de Itaipu nas contas de energia, contribuindo para aliviar a pressão inflacionária sobre os consumidores.

Alimentação e Transportes puxam a alta

Apesar da queda na energia elétrica, o grupo de Alimentação e bebidas apresentou alta de 1,06%, com impacto de 0,23 p.p. no índice geral. A alimentação no domicílio subiu 1,10%, impulsionada pelos aumentos expressivos nos preços do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). Por outro lado, houve quedas significativas na batata-inglesa (-14,16%) e no leite longa vida (-2,81%).

O setor de Transportes também registrou aumento de 1,01%, com impacto de 0,21 p.p., devido principalmente às passagens aéreas, que subiram 10,25%, sendo o item com o maior impacto individual no mês (0,08 p.p.). Entre os combustíveis, houve altas no etanol (1,56%), óleo diesel (1,10%), gás veicular (1,04%) e gasolina (0,53%).

Reajustes no transporte público

As tarifas de ônibus urbanos tiveram reajustes em diversas capitais brasileiras. Em Belo Horizonte, houve um aumento de 4,00%, decorrente de um reajuste de 9,52% em janeiro. No Rio de Janeiro, a tarifa subiu 2,79%, enquanto Salvador e Recife registraram aumentos de 2,48% e 1,46%, respectivamente. Por outro lado, São Paulo registrou uma queda de -4,24% no índice de transporte urbano, devido às gratuidades concedidas durante os feriados de Natal e Ano Novo.

Inflação acumulada em 12 meses

Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,50%, ligeiramente inferior aos 4,71% registrados nos 12 meses anteriores. Em janeiro de 2024, a taxa foi de 0,31%, indicando uma tendência de desaceleração.

Diferenças regionais

Entre as regiões pesquisadas, Goiânia apresentou a maior variação positiva (0,53%), impulsionada pelos aumentos na gasolina (5,77%) e no etanol (12,29%). Por outro lado, Porto Alegre teve o menor resultado (-0,13%), devido à queda nos preços da energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).

Expectativas para os próximos meses

A próxima divulgação do IPCA-15, referente ao mês de fevereiro, está prevista para o dia 25 de fevereiro. Especialistas esperam que a inflação continue em um ritmo moderado, influenciada pelas condições climáticas, pelos preços dos combustíveis e pelo comportamento dos alimentos no atacado e varejo.

Com a inflação apresentando sinais de desaquecimento, economistas reforçam a importância do monitoramento dos principais indicadores para avaliar os impactos sobre o poder de compra da população e as decisões de política monetária no país.

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