O mês de janeiro chegou e, com ele, a campanha Janeiro Roxo ganha força em todo o país. Essa iniciativa tem como objetivo conscientizar a população sobre a hanseníase, uma doença silenciosa que ainda enfrenta muito preconceito. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) está intensificando as ações de combate à doença e reforçando a importância do diagnóstico precoce.
O que é a hanseníase?
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta a pele e os nervos periféricos. A transmissão ocorre por meio do contato prolongado com uma pessoa infectada, por vias respiratórias, mas é importante destacar que a doença tem baixa capacidade de transmissão e apenas indivíduos suscetíveis desenvolvem a hanseníase.
Se não tratada a tempo, a hanseníase pode causar danos permanentes aos nervos, resultando em incapacidades físicas e deformidades. No entanto, o tratamento adequado pode interromper a progressão da doença e permitir uma vida normal.
Por que o diagnóstico precoce é essencial?
Identificar os sinais logo no início é essencial para evitar sequelas e interromper a transmissão. Os principais sintomas incluem:
- Manchas na pele com alteração de sensibilidade ao quente, frio e tato;
- Formigamentos, choques e câimbras em braços e pernas;
- Diminuição da força muscular;
- Dormência ou dor nos nervos;
- Nódulos ou placas na pele;
- Redução da transpiração na área afetada;
- Sensação de ressecamento excessivo na pele.
Ao notar qualquer desses sinais, a recomendação é procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação.
Ações da SES no combate à hanseníase
A SES está atuando de forma intensa junto aos municípios para capacitar os profissionais de saúde, garantindo que estejam preparados para identificar, diagnosticar e tratar a hanseníase de maneira eficaz. Além disso, campanhas de conscientização estão sendo realizadas para combater o preconceito e levar informação à população.
Exames preventivos e tratamento gratuito
Uma das principais estratégias da campanha é a realização de exames em pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com pacientes diagnosticados. Esse acompanhamento é crucial para impedir a disseminação da doença.
A SES, em parceria com hospitais como o São Julião, disponibiliza testes rápidos para auxiliar no diagnóstico. No próximo sábado (25), o hospital realizará exames específicos para contatos de pacientes previamente notificados.
O tratamento, disponibilizado gratuitamente pelo SUS, é feito por meio da Poliquimioterapia (PQT), que deve ser seguida rigorosamente para garantir a cura completa e evitar complicações. O tratamento pode durar de seis meses a um ano, dependendo da forma da doença, e é extremamente eficaz.
Números da hanseníase em Mato Grosso do Sul
Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), foram registrados 324 novos casos de hanseníase em Mato Grosso do Sul em 2024. A atuação estratégica da SES tem sido fundamental para ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento, ajudando a controlar a doença no estado.
Como prevenir a hanseníase?
A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento dos casos ativos, além do acompanhamento dos contatos próximos. A adoção de hábitos de higiene e a manutenção de um sistema imunológico saudável também contribuem para a prevenção da doença.
Juntos contra o preconceito
Um dos grandes desafios da hanseníase é o estigma que cerca a doença. Muitas pessoas deixam de buscar tratamento por medo de discriminação. O Janeiro Roxo vem para mudar essa realidade, reforçando que hanseníase tem cura e que o tratamento adequado permite uma vida plena e saudável.
Se você conhece alguém com sintomas ou quer saber mais sobre a doença, procure a unidade de saúde mais próxima. O conhecimento é a melhor forma de combate!
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