O vereador Dr. Jamal Salem, conhecido por sua atuação na área da saúde, dedicou o início de seu mandato em 2025 à campanha “Janeiro Roxo”, um mês de conscientização, prevenção e tratamento da hanseniase. A iniciativa visa chamar atenção para uma doença que, embora tenha tratamento eficaz e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda é cercada por estigmas e desinformação.
Hanseniase: o que é e como identificar os primeiros sintomas
A hanseniase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele, os nervos periféricos, as mucosas das vias respiratórias superiores e os olhos. Os primeiros sintomas incluem:
- Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com perda de sensibilidade ao calor, frio ou dor;
- Dormência ou formigamento em extremidades;
- Perda de força muscular, principalmente nas mãos e pés;
- Caroços ou inchaços no corpo.
É fundamental procurar um dermatologista ou um clínico geral ao identificar esses sinais. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e a transmissão da doença.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hanseniase é feito por meio de avaliação clínica, exames de sensibilidade na pele e, em alguns casos, testes laboratoriais para confirmação. O tratamento é gratuito e disponível em todas as unidades básicas de saúde. Consiste em uma combinação de antibióticos conhecida como poliquimioterapia (PQT), com duração de seis meses a um ano, dependendo da gravidade do caso.
“A hanseniase tem cura. O tratamento é eficiente, mas precisa ser iniciado o quanto antes para evitar sequelas. É nossa missão quebrar o ciclo de desinformção que ainda impede muitas pessoas de buscar ajuda”, destacou o vereador Dr. Jamal.
Dados da hanseniase no Brasil e no Mato Grosso do Sul
Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país com mais casos de hanseniase no mundo, perdendo apenas para a Índia. Em 2023, foram registrados cerca de 20.000 novos casos no território nacional. As regiões Norte e Nordeste concentram os maiores índices de incidência, com destaque para os estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.
No Mato Grosso do Sul, foram notificados 350 novos casos em 2023, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A maior parte das ocorrências está na capital, Campo Grande, e em regiões de fronteira, como Ponta Porã e Corumbá. Essa distribuição reflete fatores socioeconômicos e a dificuldade de acesso a serviços de saúde em áreas mais remotas.
O papel do Hospital São Julião
Referência nacional no tratamento da hanseniase, o Hospital São Julião, localizado em Campo Grande, tem sido um bastião no combate à doença há décadas. Com uma equipe multidisciplinar, o hospital não apenas oferece tratamento médico, mas também apoio psicossocial aos pacientes e suas famílias. Além disso, promove ações educativas para reduzir o preconceito e conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.
“O São Julião é um exemplo de como a dedicação e o compromisso podem mudar vidas. Muitos pacientes chegam ao hospital com medo e desinformados, mas encontram um acolhimento humanizado e um caminho para a cura”, enfatizou Dr. Jamal.
Combate ao estigma e à discriminação
Um dos grandes desafios relacionados à hanseniase é a discriminação. Históricas e infundadas associações da doença com punições divinas ou contagiosidade extrema ainda perpetuam o isolamento social de muitos pacientes. Dr. Jamal reforça que a informação é a chave para quebrar esses preconceitos.
“A hanseniase não é uma sentença. É uma doença como qualquer outra, que precisa de tratamento adequado e de acolhimento. Nós, como sociedade, temos o dever de combater o preconceito e oferecer suporte àqueles que enfrentam essa luta”, afirmou o vereador.
Como participar do Janeiro Roxo?
Durante todo o mês, diversas ações serão realizadas em Campo Grande, incluindo mutirões de saúde, palestras educativas, distribuição de materiais informativos e iluminação de edifícios públicos na cor roxa. Dr. Jamal convida toda a população a participar e se informar.
“Este é um movimento de todos nós. Cada gesto de solidariedade, cada informação compartilhada, contribui para um mundo mais justo e consciente. Vamos juntos transformar o Janeiro Roxo em um marco na luta contra a hanseniase”, concluiu o vereador.
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