Na madrugada desta quinta-feira, 1º de maio, uma servidora pública estadual foi presa em Campo Grande, após se envolver em um acidente de trânsito enquanto dirigia embriagada. A jornalista, que trabalha na Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), bateu seu veículo, uma Mercedes Benz C200, em um carro estacionado na Avenida Bom Pastor, no Bairro Jardim Vilas Boas. Ao ser abordada pela Polícia Militar, ela apresentou sinais evidentes de embriaguez, como olhos avermelhados, fala alterada e agressividade, além de estar com uma garrafa de cerveja na mão, o que levou à sua detenção.
De acordo com o boletim de ocorrência, o acidente aconteceu por volta das 4h20. O proprietário do veículo Hyundai HB20 estacionado acionou a polícia, e, ao chegar no local, os policiais perceberam que a servidora estava claramente embriagada. Durante a abordagem, ela não apenas resistiu como também passou a agredir um dos policiais, chutando-o e, durante a confusão, danificou o celular de um PM, um aparelho Xiaomi, que foi quebrado no processo. Por conta da agressividade e da resistência, a mulher foi levada para o compartimento da viatura, sendo conduzida até a delegacia.
O veículo foi apreendido e levado para o pátio, pois não havia ninguém responsável para retirá-lo. A servidora foi autuada por dirigir sob efeito de álcool, um crime previsto no Código de Trânsito Brasileiro. Além disso, ela também será investigada por agressão a um policial militar, o que configura crime de lesão corporal, resistência à prisão e dano ao patrimônio público, no caso do celular quebrado.
A servidora, que já havia sido autuada pelo Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) em 2024, teve sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa no ano passado, devido a uma infração por dirigir acima da capacidade permitida. Em dezembro de 2023, ela foi flagrada dirigindo a 50% acima da velocidade permitida na Avenida Gury Marques, em Campo Grande. Esse histórico de infrações complicou ainda mais a situação da servidora, que agora enfrenta novas acusações.
Além disso, a jornalista era lotada na Secretaria da Fazenda (Sefaz), mas foi transferida para a Segov em março de 2024, onde ocupa um cargo com remuneração fixa de R$ 10,3 mil. A troca de secretaria e o fato de a servidora já estar sob investigação pela direção embriagada em outras ocasiões indicam um padrão de comportamento problemático relacionado à sua condução veicular.
As autoridades agora trabalham para determinar as responsabilidades criminais da servidora, que poderá ser responsabilizada por crimes como direção perigosa sob efeito de álcool, resistência à prisão, agressão a servidor público e dano ao patrimônio público, além de outras possíveis infrações relacionadas ao incidente. O caso, que gerou grande repercussão, levanta questões sobre a necessidade de maior rigor no cumprimento das leis de trânsito, especialmente quando envolvem servidores públicos.
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