A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, baleada na cabeça durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, enfrenta complicações em sua recuperação. Segundo o último boletim médico divulgado pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias (RJ), o estado de saúde de Juliana piorou nos últimos dias, exigindo a retomada de medidas mais intensivas no tratamento.
Juliana, que já havia iniciado o processo de reabilitação, voltou a apresentar febre e sinais de um novo quadro infeccioso. Por conta disso, os médicos precisaram ajustar o tratamento, incluindo a retomada do uso de ventilação mecânica, aplicação de sedação leve e medicação para controle da pressão arterial.
A jovem segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e continua sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar, composta por neurocirurgiões, psicólogos e outros especialistas. Apesar das complicações, o hospital informou que Juliana não apresentou novos sintomas neurológicos ou necessidade de nova intervenção cirúrgica. Contudo, o processo de reabilitação precisou ser interrompido, e ela segue sem previsão de alta.
Relembre o caso
Juliana estava no carro com a família, a caminho de Niterói, onde celebrariam a ceia de Natal, quando foi atingida por disparos de agentes da PRF durante uma abordagem. O pai dela também foi baleado na ação, mas sobreviveu.
O episódio gerou grande repercussão e indignação, levando o Ministério Público Federal (MPF) a abrir um procedimento investigatório criminal para apurar a conduta dos policiais envolvidos. A PRF, por sua vez, informou que os três agentes envolvidos dois homens e uma mulher foram afastados preventivamente de suas atividades operacionais.
A repercussão do caso e o clamor por justiça
A abordagem da PRF foi amplamente criticada, levantando questionamentos sobre o uso excessivo da força em situações que não apresentam risco imediato. Diversas organizações de direitos humanos têm pressionado por uma investigação rigorosa e pela responsabilização dos envolvidos.
O caso também reacendeu o debate sobre a necessidade de reestruturação e treinamento das forças de segurança no Brasil, especialmente em relação às abordagens feitas por agentes armados.
Enquanto Juliana luta por sua recuperação, a família vive momentos de angústia, aguardando justiça e respostas claras sobre o que motivou a ação violenta naquela noite.
Próximos passos da investigação
O MPF ainda não divulgou os detalhes do andamento das investigações, mas afirmou que trabalha para esclarecer os fatos com celeridade. A PRF, por sua vez, não emitiu novas notas sobre o caso desde o afastamento dos agentes.
O caso de Juliana se junta a uma série de episódios que vêm alimentando o debate público sobre a atuação policial no Brasil. A luta da jovem pela vida é acompanhada com preocupação e solidariedade por muitos, enquanto a sociedade exige mais segurança e transparência nas ações das autoridades.
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