Policiais do SIG (Serviço de Investigações Gerais) prenderam na noite desta quinta-feira, os dois jovens que estavam em uma motocicleta em que o piloto sacou arma e executou Júlio César Estigarribia, de 21 anos, no domingo (22), em frente a uma conveniência no bairro Dioclécio Artuzi. O autor afirmou que cumpriu ordens de uma facção criminosa.
O piloto, de 25 anos, disse que pertence a facção desde os 12 anos, mas foi batizado recentemente. O carona, de 18 anos, é cunhado dele e contou para a polícia que não sabia que haveria execução.
O autor dos disparos disse aos policiais do SIG que outras quatro pessoas estariam marcadas para morrer, todas a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Antes da execução na conveniência, a dupla chegou a falar com Júlio César, contudo, o piloto não conseguiu sacar a arma. Com isso, deu volta no quarteirão e retornou com a arma em punho, efetuando vários tiros contra o desafeto, que morreu no hospital.
No dia do atentado, Júlio estava na distribuidora de bebidas, quando dois homens chegaram em uma motocicleta e iniciaram uma breve conversa com ele. Após saírem, os suspeitos retornaram ao local minutos depois, momento em que um deles sacou uma arma e disparou contra o jovem, atingindo-o na cabeça. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital da Vida, onde morreu horas mais tarde.
Com base nas investigações, os policiais identificaram um imóvel na zona rural de Dourados, no distrito de Picadinha, onde possivelmente a arma do crime estaria escondida. Durante a operação, a polícia prendeu dois suspeitos, identificados como R.R.M. (25), conhecido como “doutor missionário” do PCC, e V.B.B. (18), que confessaram envolvimento no crime. A arma utilizada no assassinato foi encontrada no local, juntamente com munições e a motocicleta amarela usada no ataque.
R.R.M., apontado como um integrante de alto escalão da facção criminosa, revelou que havia sido enviado de Ponta Porã com a missão de executar pessoas decretadas pela organização. Além disso, foram encontrados vestígios das roupas usadas no dia do crime, que haviam sido queimadas na residência.
Os dois foram presos por porte ilegal de armas e estão sendo interrogados pelo crime de homicídio.