A Santa Casa de Campo Grande enfrenta um colapso sem precedentes. Além da falta de repasses da Prefeitura, que obrigou o hospital a recorrer à Justiça para garantir R$ 46.381.533,60, a unidade de saúde sofre com a superlotação e com a crescente violência contra funcionários, especialmente durante os plantões noturnos.
O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 3ª Vara de Fazenda Pública, determinou que a Prefeitura efetue o pagamento em até 48 horas, sob risco de bloqueio das contas públicas. O valor é referente a repasses federais destinados ao combate à pandemia de covid-19 em 2020, que nunca foram repassados ao hospital filantrópico. Nos autos do processo, a Santa Casa relata dificuldades financeiras severas e risco iminente de interrupção dos atendimentos.
A entidade filantrópica, responsável por mais da metade dos atendimentos hospitalares qualificados em Campo Grande, divulgou nota oficial destacando que atua há anos sob subfinanciamento. “Reiteramos nosso compromisso com a promoção da saúde e direitos fundamentais, e informamos que procedimentos relacionados aos fatos mencionados já estão em análise junto ao Ministério Público”, informou a instituição.
Superlotação e falta de estrutura tornam atendimento um Inferno para pacientes e funcionários
Na última segunda-feira (24), a direção da Santa Casa enviou ofício solicitando que a unidade não receba mais pacientes regulados pelas unidades básicas e de pronto socorro. O motivo seria a situação “caótica” da superlotação, principalmente no pronto-socorro, que possui capacidade para apenas 13 pacientes, mas que atualmente acomoda cerca de 80. Médicos e enfermeiros relatam que faltam insumos básicos e que o tempo de espera por atendimento ultrapassa qualquer limite aceitável.
Diante dessa realidade, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) emitiu uma nota afirmando que está implementando medidas emergenciais para enfrentar a superlotação. Além disso, a Prefeitura nega ter qualquer dívida com a Santa Casa, afirmando que os repasses estão em dia.
Profissionais de saúde trabalham sob ameaça e medo durante plantões noturnos
Além do caos estrutural e financeiro, os funcionários da Santa Casa e de outras unidades de saúde da cidade lidam com um problema ainda mais grave: a falta de segurança durante os plantões noturnos. Relatos de agressões verbais e físicas contra médicos, enfermeiros e demais trabalhadores são cada vez mais frequentes.
Em diversas unidades de pronto atendimento (UPAs), pacientes e acompanhantes, revoltados com a demora e a precariedade do serviço, acabam partindo para agressões e ameaças. Muitos funcionários trabalham com medo e relatam a ausência de seguranças treinados para conter situações de violência.
“Nós não temos nenhum tipo de suporte. O segurança que tem não dá conta da situação. Se um paciente surta ou parte para a agressão, temos que lidar sozinhos. Isso aqui virou um campo de guerra”, desabafou uma enfermeira que preferiu não se identificar.
Enquanto saúde enfrenta caos, prefeita Adriane Lopes gasta milhões com publicidade
Enquanto hospitais como a Santa Casa enfrentam um verdadeiro colapso, a prefeita Adriane Lopes continua gastando milhões de reais em publicidade para promover uma imagem positiva de sua gestão. O cenário das unidades de saúde dos bairros e vilas da capital contradiz completamente a propaganda oficial. UPAs lotadas, falta de médicos, escassez de especialistas nas UBSFs e meses de espera por exames são realidade diária para a população campo-grandense.
Comprovantes de Pagamentos feitos as Agências de Publicidades feitos pela Gestão Adriane Lopes

Pacientes são vistos deitados no chão, contorcendo-se de dor enquanto aguardam atendimento. Em meio a uma onda de crises respiratórias, dengue e chikungunya, a população se sente abandonada e os profissionais de saúde exaustos e desamparados.
A crise na saúde pública de Campo Grande não é mais apenas uma questão de gestão ineficiente, mas sim de descaso total com a vida humana.
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