No meio de tanta dor e julgamento, Klara Castanho decidiu abrir novamente o coração. A atriz, que há dois anos revelou ter dado seu bebê para a adoção, voltou a falar sobre o assunto, desta vez esclarecendo pontos importantes que ainda geram dúvidas e comentários maldosos.
Quando tudo veio à tona, Klara explicou que a gravidez foi fruto de um abuso que sofreu. Mesmo com a gravidade da situação, muitos continuaram a questionar a sua história, alegando que ela não teria tomado providências contra o agressor. Em uma conversa franca com a revista Glamour, ela revelou que, sim, o agressor foi denunciado, mas o caso corre sob segredo de justiça.
“Passados quase dois anos da minha carta, vejo que as pessoas ainda buscam argumentos para duvidar do que aconteceu comigo”, começou Klara. “Quero deixar claro: o agressor foi denunciado. Toda mulher vítima de violência tem direito ao segredo de justiça. Meu sigilo foi quebrado sem o meu consentimento. Eu não tive nem o direito de não ser revitimizada, e continuo sendo diariamente”, desabafou a atriz, mostrando o peso que carrega até hoje.
O que Klara sempre quis era viver seu processo de dor de forma privada. Mas tudo mudou quando, no hospital onde deu à luz, alguém vazou a informação para a imprensa. Mesmo conseguindo manter a gravidez em segredo, ela viu sua história virar um espetáculo público sem ter a chance de se proteger.
“Todo o período desde o acontecido foi um pesadelo que só ganhava novos desdobramentos. Eu não queria viver aquilo, não queria me pronunciar porque não tinha digerido o que aconteceu”, contou Klara, lembrando o quanto foi doloroso ser exposta.
A atriz relembrou como o impacto da exposição foi brutal. “Achei que poderia levar para o caixão toda aquela dor. Quando fui exposta, me senti extremamente vulnerável. Eu já tinha sido violentada uma vez… e depois violentada de novo emocionalmente. Levei pelo menos um ano para começar a entender tudo o que aconteceu”, desabafou.
Durante a fase mais difícil, Klara contou que nem ela, nem sua família, conseguiam ter uma rotina normal. “Eu não dormia, meus pais não dormiam. A gente chorava junto por dois dias e dormia um, tentando sobreviver”, lembrou.
Mesmo rodeada por uma equipe profissional e apoio jurídico, Klara se sentia perdida dentro dela mesma. “Tinha pessoas ao meu redor, mas eu estava desamparada dentro de mim. Era uma solidão muito grande.”
Hoje, apesar das cicatrizes, Klara segue firme. Ela aproveitou para dividir também momentos de sua infância, relembrando sua trajetória na televisão. Com apenas nove anos, precisou se mudar para o Rio de Janeiro apenas com sua avó para estrear na novela “Viver a Vida”, de Manoel Carlos.
A atriz contou que a atriz Giovanna Antonelli foi fundamental nessa época para amenizar a saudade da família. “Ela me levava para a casa dela. O filho dela tinha a idade do meu irmão. Isso ajudou muito a suavizar a saudade”, disse Klara, mostrando que, mesmo tão nova, já enfrentava desafios enormes.
Outra curiosidade revelada por Klara foi que ela foi a primeira vilã mirim da televisão brasileira. Interpretando Rafaela em “Viver a Vida”, ela teve que aprender desde cedo a separar realidade e ficção. “Sempre tive uma base familiar muito forte e uma equipe que cuidava de mim para que eu soubesse distinguir a vida real da brincadeira da atuação”, contou.
Sobre sua participação na novela “Morde e Assopra”, aos 11 anos, Klara lembrou de um acidente inusitado. “Eu estava na maquiagem e uma chapinha quente caiu. No impulso, peguei e queimei a mão. Precisei sair do estúdio de ambulância”, relembrou ela, com leveza. “Não foi nada grave, mas foi uma experiência que me marcou.”
Entre dores, superações e conquistas, Klara Castanho segue mostrando força e coragem para enfrentar a vida, sem deixar que as marcas do passado definam seu futuro.
#KlaraCastanho #ForçaFeminina #Superação #ViolênciaNão #SegredoDeJustiça #ArteComResponsabilidade #RespeitoÉBase #AdolescênciaNaTV #InfânciaDeAtriz #CoragemDeSer #TrajetóriaDeSucesso #RespeitoSempre
