Michael Willwohh Gastton, de 42 anos, morreu na manhã desta sexta-feira (21) após ser baleado em um confronto com a equipe da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf) no bairro Monte Castelo, em Campo Grande. O homem estava sendo procurado desde dezembro do ano passado, quando invadiu um condomínio no centro da cidade e manteve uma família refém. A ação resultou em um prejuízo de cerca de R$ 600 mil para as vítimas, que tiveram seus pertences, incluindo armas de fogo e joias, roubados.
O crime aconteceu no dia 2 de dezembro de 2023, quando Michael, armado e com a intenção de furtar objetos de alto valor, aproveitou a reforma do prédio e se escondeu até encontrar uma oportunidade para agir. Segundo o delegado Edgard Punsk, responsável pela investigação, Michael se escondeu por mais de uma hora na cobertura do edifício até perceber a chegada de uma família, acompanhada de uma funcionária do condomínio. Ele então invadiu o apartamento, rendeu as oito pessoas da família, as amarrou e fez ameaças, incluindo a uma criança de 11 anos.
Durante o assalto, Michael subtraiu diversos itens valiosos das vítimas, como uma pistola, revólver, fuzil, joias, dólares, relógios e tênis de marca. Após o crime, ele fugiu com os objetos, mas não conseguiu furtar o carro de um dos moradores do prédio, deixando o fuzil dentro do veículo. As investigações começaram a ser intensificadas, e logo foi descoberto que Michael havia fugido para Mirandópolis, em São Paulo.
Com o apoio da polícia paulista, a Derf localizou o criminoso, mas ele já havia retornado a Campo Grande no final de janeiro. Na manhã do dia 21 de fevereiro, as equipes da Derf encontraram Michael em um conjunto de quitinetes no bairro Monte Castelo, onde ele morava com a esposa. Durante a abordagem, o homem tentou fugir pilotando uma motocicleta, mas foi interceptado pela polícia. Armado com uma pistola calibre .38, Michael entrou em confronto com os policiais e foi baleado. Ele foi socorrido e levado para a Santa Casa de Campo Grande, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Além das armas encontradas no imóvel de Michael, a polícia também apreendeu mais de dois quilos de maconha. O criminoso possuía um histórico de crimes, com passagens por furto, tráfico de drogas e homicídio. O delegado Edgard Punsk revelou que, em 2003, Michael já havia praticado um crime brutal no estado de São Paulo. Na época, ele rendeu uma família de oito pessoas na região metropolitana, as agrediu com coronhadas e incendiou uma das vítimas ainda viva.

O envolvimento de Michael em crimes violentos e a sua natureza impiedosa tornaram-no um criminoso procurado pelas autoridades. Ele também tinha passagens por tráfico de drogas e outros furtos e roubos. Durante sua trajetória criminosa, foi condenado a 33 anos de prisão no estado paulista, mas cumpriu apenas cinco. Essa brecha no sistema de justiça foi uma das razões pelas quais ele voltou a cometer crimes. Sua atividade criminosa continuou em Mato Grosso do Sul, onde ele parecia ter encontrado novos alvos, escolhendo imóveis de alto padrão para furtar joias e armas.
Segundo a esposa de Michael, o criminoso se mudou para Campo Grande com a intenção de expandir seus crimes. Ela revelou que ele estava sempre à procura de novos alvos, preferindo atacar locais de luxo onde pudesse roubar itens valiosos como joias e armas. Essa estratégia, no entanto, não foi suficiente para escapar da vigilância da polícia.
Após sua morte, o delegado Edgard Punsk destacou que o caso serviu como exemplo do trabalho conjunto entre as forças policiais de Mato Grosso do Sul e São Paulo, que colaboraram para localizar e prender Michael. “Fizemos um trabalho de investigação aprofundado, e conseguimos identificar e localizar o criminoso, o que foi essencial para encerrar esse caso”, afirmou o delegado.
A morte de Michael, embora trágica, encerra um ciclo de crimes violentos e mostra o impacto de sua trajetória criminosa. As autoridades continuam investigando o passado de Michael, já que ele foi vinculado a outros crimes semelhantes em São Paulo e outros estados.
Com o caso encerrado, a polícia segue seu trabalho para garantir a segurança da população e continuar investigando as atividades dos criminosos que atuam na região.
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