Mato Grosso do Sul, 14 de fevereiro de 2025
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Ladrão Morto pela Polícia Militar guardava produtos furtados em casa no Aero Rancho; Velho freguês

Para a surpresa dos policiais, Marcos ainda sacou uma arma de fogo e, diante da ameaça, os militares reagiram. Um disparo atingiu o suspeito, que foi socorrido ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer
Veículo com placa adulterada em frente ao local que Marcos morreu. (Fotos: Juliano Almeida)
Veículo com placa adulterada em frente ao local que Marcos morreu. (Fotos: Juliano Almeida)

Na noite dessa terça-feira (28), a Polícia Militar de Campo Grande protagonizou um episódio tenso que terminou com a morte de Marcos Jair Dias, de 49 anos, conhecido na região por suas diversas passagens pela polícia, a maioria por furtos. O que parecia mais um caso de fuga de suspeito acabou revelando um longo histórico de crimes e uma série de objetos furtados que estavam escondidos em um imóvel no Bairro Aero Rancho.

Tudo começou no Bairro Oiti, onde Marcos foi avistado dirigindo um carro Renault Kwid com placas adulteradas. Ao perceber a presença da polícia, ele não hesitou: fugiu em alta velocidade e, ao chegar a um terreno com plantação de mandioca, abandonou o carro e tentou escapar a pé. Para a surpresa dos policiais, Marcos ainda sacou uma arma de fogo e, diante da ameaça, os militares reagiram. Um disparo atingiu o suspeito, que foi socorrido ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.

O que parecia ser apenas mais um caso de tentativa de fuga, rapidamente se transformou em algo mais complexo. Enquanto a PM realizava os procedimentos de praxe e a perícia no local do tiroteio, uma testemunha entrou em contato com informações que mudaram a direção das investigações. Ela revelou que Marcos Jair Dias era bastante conhecido na região e que, há dias, ele estava “sumido” por ter sido filmado cometendo furtos em diversos estabelecimentos.

Com a nova pista, a PM se dirigiu até a casa de Marcos, localizada no Bairro Aero Rancho. Lá, em um imóvel desabitado, foram encontrados diversos itens furtados, que incluíam eletrônicos, roupas e ferramentas, todos sem procedência. A perícia no local confirmou que os produtos estavam guardados ali com a intenção de serem revendidos. A PM apreendeu os objetos, que serão devolvidos aos donos assim que a investigação for concluída.

A testemunha também revelou que Marcos estava ciente de que estava sendo procurado pela polícia por conta dos furtos. Por isso, havia se deslocado até a casa de um amigo no Bairro Oiti, a cerca de 16 km de distância do Aero Rancho, para passar a noite e evitar ser encontrado. Foi nesse local que ele foi abordado pela polícia, ainda com o carro adulterado, tentando mais uma vez escapar das autoridades.

O prontuário de Marcos Jair Dias revela um passado cheio de registros no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). Ao todo, o homem acumulava 30 passagens pela polícia, sendo a maioria delas por furtos. A reincidência no crime era evidente, com condenações por furtos praticados em diferentes bairros da capital. Sua trajetória no mundo do crime o tornava uma figura bastante conhecida entre os moradores da região, que, inclusive, colaboraram com a polícia ao fornecer informações cruciais para o desenrolar da ocorrência.

Essa história, que terminou com a morte de Marcos, levanta importantes questões sobre a violência no enfrentamento à criminalidade e as circunstâncias que envolvem indivíduos com histórico extenso de infrações. A ação da PM foi uma resposta a um criminoso armado, mas, ao mesmo tempo, revela as consequências de uma vida de crimes repetidos, onde a fuga da justiça e os furtos constantes geraram uma espiral de violência.

Agora, além da investigação sobre o tiroteio, a Polícia Militar segue com o trabalho de devolver os bens roubados aos verdadeiros donos, tentando dar um fim, ao menos, a um dos muitos crimes cometidos por Marcos Jair Dias ao longo dos anos. Enquanto isso, a história de um homem conhecido por sua longa ficha criminal chega ao fim, deixando para trás a dúvida sobre o que poderia ter sido feito para quebrar o ciclo de crimes e reincidências antes que a tragédia acontecesse.

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