O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, confirmou ao GLOBO que convidou o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), área que na semana passada garantiu ser sua prioridade à frente da pasta. O chefe do MP paulista é próximo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sarrubbo é um dos melhores quadros do Ministério Público brasileiro, atual Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, que dedicou grande parte de sua carreira ao combate ao crime organizado afirmou Lewandowski.
O convite ao procurador-geral do MP de São Paulo já foi feito e, segundo apurou a reportagem, sua ida para o Ministério da Justiça depende apenas de sua desincompatibilização do Ministério Público.
O procurador-geral está próximo de se aposentar do MP e vinha sendo cotado para integrar a lista de indicados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), na vaga aberta com a aposentadoria da ministra Laurita Vaz. O nome de Sarrubbo vem sendo defendido por integrantes do Supremo, incluindo Moraes, de quem é próximo.
Seu mandato como procurador-geral acaba em abril. Sarrubbo tem boa relação com o vice-presidente Geraldo Alckmin e é considerado um nome que também transita bem na esquerda.
Sarrubo e Lewandowski são próximos. Há poucos dias, o novo ministro da Justiça compareceu a missa de sétimo dia de seu pai, Mario Genari Francisco Sarrubbo, em São Paulo. Ambos se conhecem desde que Lewandowski era desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Sarrubbo foi indicado à chefia do MP paulista pelo governo João Doria (PSDB) e reconduzido para um mandato de mais dois anos em 2022 por Rodrigo Garcia (PSDB). Em abril do ano passado, quando o ministro se aposentou do Supremo Tribunal Federal e recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Santo Amaro (Unisa), Sarrubbo discursou, elogiando-o como “humanista e ferrenho defensor da Constituição”.
Em 2021, Sarrubo divergiu do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao se posicionar contra o projeto que altera a lei de improbidade administrativa. Na época, Lira recebeu Sarrubo em seu gabinete.
Ainda em processo de formação de sua equipe, Lewandowski já indicou a aliados que deve manter ao menos dois nomes que já atuam na pasta: o ex-deputado Wadih Damous (PT), secretário Nacional de Defesa do Consumidor, e a advogada Sheila de Carvalho, atualmente assessora especial. A posse do ministro está marcada para 1º de fevereiro.