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Mato Grosso do Sul, 3 de maio de 2024
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Ludmilla é acusada de intolerância religiosa e se pronuncia

“Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”, seguido de uma imagem de uma pessoa pisando em uma oferenda.
Ludmilla é detonada e acusada de intolerância religiosa
Ludmilla é detonada e acusada de intolerância religiosa

Polêmica a vista! Ludmilla sofreu uma grave acusação nas redes sociais, durante a manhã de segunda-feira, 22 de abril, de intolerância religiosa contra religiões de matrizes africanas por um trecho de seu show no Coachella.

Em uma determinada parte do telão, aparece uma imagem que tem alguns dizeres considerados um ataque:

“Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas”, seguido de uma imagem de uma pessoa pisando em uma oferenda.

Tranca Rua é uma falange, ou agrupamentos, de entidades espirituais da Quimbanda e da Umbanda e é responsável pela limpeza e abertura de caminhos espirituais, segundo as crenças. É representado pelas cores preto, vermelho e branco.

A justificativa de Ludmilla

Após a viralização do trecho, alguns fãs e haters pontuaram que acharam incoerente ela abrir o show com um discurso poderoso de Erika Hilton sobre inclusão, mas incluir este trecho no telão.

O momento aconteceu na sua performance de “Rainha da Favela”. Em sua defesa, a cantora escreveu:

“Hoje tiraram do contexto uma das imagens do vídeo do telão do show em Rainha da Favela, que traz diversos registros de espaços e realidades a qual eu cresci e vivi por muitos anos, querendo reescrever o significado dele, e me colocando em uma posição que é completamente contrária a minha.”

Ludmilla justificou o trecho e pontuou sua posição, onde explicou porque as imagens fortes estiveram presentes:

“Rainha da Favela apresenta a minha favela, uma favela real, nua e crua, onde cresci, mas infelizmente se vive muitas mazelas: genocídio preto, violência policial, miséria, intolerância religiosa e tantas outras vivências de uma gente que supera obstáculos, que vive em adversidades, mas que não desiste.”

Exportar a realidade

Em seguida, ela disse que não queria exportar uma favela que se reduz a bailes, funk, bunda e cerveja, mas que queria mostrar uma realidade nada ‘gourmetizada’ de onde nasceu:

“Meu show começa com uma mensagem muito explícita, que não deixa dúvida sobre nada! Na sequência eu apresento a realidade sobre a qual esse discurso precisa prevalecer. Estou aqui pelo que é real e não essa versão vitrine importada para gringo achar que esse é um espaço que se reduz a funk, bunda e cerveja!”

Ponto final?

Por fim, Ludmilla postou o vídeo completo e disse que pediu para uma fotógrafa de dentro da favela filmar a realidade.

Ela ainda pediu para que não a coloquem no lugar de intolerante e que, acima de tudo, respeita todas as crenças, sexualidades, raças e fé:

“Esse vídeo é feito por uma fotógrafa/videomaker negra e periférica, para que tivesse um olhar de dentro para fora! Não me coloquem nesse lugar, vocês sabem quem eu sou e de onde eu vim. Não tentem limitar para onde eu vou. Respeito todas as pessoas como elas são, e independente de qualquer fé, raça, gênero, sexualidade ou qualquer particularidade de que façam elas únicas.”

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