Mato Grosso do Sul, 12 de maio de 2025
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Lula critica alta dos combustíveis e denuncia abusos: O povo está sendo assaltado pelos intermediários!

Presidente aponta impostos estaduais e margem de lucro dos revendedores como vilões do preço alto e defende venda direta para reduzir custos. Programa Vale-Gás segue como alternativa para famílias de baixa renda
Imagem - Secom-PR
Imagem - Secom-PR

O preço dos combustíveis voltou a ser assunto no Brasil, e desta vez, quem entrou na discussão foi o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante um evento da indústria naval em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (17), Lula criticou duramente os intermediários da cadeia de combustíveis, afirmando que o povo está sendo “assaltado” pelos aumentos praticados antes do produto chegar ao consumidor final.

Segundo o presidente, a Petrobras é constantemente responsabilizada pelos aumentos, quando, na verdade, grande parte do valor final da gasolina, diesel e gás de cozinha vem dos impostos estaduais e da margem de lucro de distribuidores e postos de combustíveis.

De onde vem o aumento dos combustíveis?

Lula explicou que, ao sair das refinarias da Petrobras, os combustíveis têm um preço muito menor do que aquele que chega ao consumidor. O presidente apresentou números para justificar sua fala:

  • A gasolina sai da Petrobras a R$ 3,04, mas é vendida nas bombas por cerca de R$ 6,49, mais que o dobro do valor original.
  • O óleo diesel tem preço inicial de R$ 3,77, mas nos postos pode chegar a R$ 6,20.
  • O gás de cozinha de 13 kg custa R$ 35 na refinaria, mas pode ser vendido por até R$ 140 ao consumidor final.

De acordo com Lula, essa diferença de valores se deve a impostos, como o ICMS cobrado pelos estados, e à margem de lucro aplicada pelos distribuidores e donos de postos de combustíveis.

“O povo acha que é a Petrobras que aumentou os preços, mas nem sempre é a Petrobras. Cada estado e cada posto têm liberdade para aumentar quando querem”, criticou o presidente.

Venda direta para reduzir preços

Diante desse cenário, Lula sugeriu que a Petrobras estude formas de vender combustíveis diretamente aos grandes consumidores, sem passar por intermediários, para reduzir os preços.

“Se puder comprar direto, a gente pode baratear o preço do diesel. Se a gente puder vender direto a gasolina e o gás, a gente pode baratear esses preços, porque no fundo o povo é assaltado pelo intermediário”, afirmou Lula.

A proposta do presidente pode gerar um grande debate sobre a atual estrutura de comercialização dos combustíveis no Brasil, que envolve refinarias, distribuidoras e revendedores. No entanto, ainda não há detalhes sobre como essa venda direta poderia funcionar na prática.

Quem tem direito a benefícios para pagar menos pelo gás?

O gás de cozinha, um dos produtos mais afetados pela alta dos combustíveis, já conta com um benefício federal para ajudar as famílias de baixa renda. O Vale-Gás é um programa do governo que subsidia a compra do botijão de 13 kg para famílias que se enquadram nos seguintes critérios:

  • Estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal).
  • Ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.
  • Famílias que tenham entre seus membros beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada).

O valor do auxílio pode variar de acordo com o estado e as políticas locais, mas geralmente cobre cerca de 50% do valor do botijão. O pagamento é feito a cada dois meses e pode ser consultado no aplicativo do Caixa Tem.

Lula reforça compromisso com Petrobras

Além de criticar os intermediários da cadeia de combustíveis, Lula também defendeu a Petrobras durante sua visita ao Rio de Janeiro. O presidente afirmou que a estatal não pode ser culpada isoladamente pelo aumento de preços e reforçou seu compromisso em fortalecer a empresa.

Durante o evento, foi anunciada a licitação para a construção de oito novos navios gaseiros, que fazem parte do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras. Além disso, foi assinado um protocolo para o reaproveitamento de plataformas da Petrobras que estão fora de operação.

A defesa da Petrobras e o debate sobre o preço dos combustíveis devem continuar como temas quentes nos próximos meses, especialmente com a crescente pressão da população por preços mais baixos.

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