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Mato Grosso do Sul, 8 de maio de 2024
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Lula é aconselhado a adotar distância segura de conflito entre Israel e Irã

Avaliação é de que, no ano passado, ao tentar atuar como mediador nas guerras entre Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas, o presidente, mesmo com boa intenção, acabou criando um desgate
Lula é aconselhado a adotar distância segura de conflito entre Israel e Irã
Lula é aconselhado a adotar distância segura de conflito entre Israel e Irã

Os assessores internacionais e políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm defendido que o brasileiro adote uma distância segura do conflito entre Israel e Irã.

A avaliação é de que, no ano passado, ao tentar atuar como mediador nas guerras entre Ucrânia e Rússia e Israel e Hamas, o presidente, mesmo com boa intenção, acabou criando um desgate.

O desgate foi explorado na política interna do Brasil e foi um dos fatores que cristalizou a rejeição do eleitorado evangélico ao presidente petista.

Por isso, a defesa é de que as manifestações fiquem a cargo da diplomacia brasileira e que, caso seja questionado, Lula faça falas genéricas, como em defesa de um entendimento que evite uma guerra.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que já passou da hora de o presidente priorizar a pauta doméstica. E que posicionamentos internacionais podem ofuscar o que o governo petista considera conquistas da atual gestão.

Nesta segunda-feira (15), por exemplo, o presidente deve focar no pacote sobre reforma agrária e, sobre cenário internacional, priorizar discussões relacionadas à eleição venezuelana.

Em nota emitida no final da noite de sábado (13), o Palácio do Itamaraty disse que o governo brasileiro acompanhava com “grave preocupação” os “relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”.

A nota continuou com o governo brasileiro frisando que “vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades” no Oriente Médio desde o início do “conflito em curso na Faixa de Gaza”, em referência à ofensiva militar israelense desencadeada após os ataques do grupo radical islâmico Hamas, em outubro de 2023.

O Ministério de Minas e Energia monitora a escalada do conflito no Oriente Médio e os possíveis efeitos no mercado internacional do petróleo, após ataque feito pelo Irã a Israel no fim de semana. A informação foi dada pelo chefe da pasta, Alexandre Silveira, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (15/4).

Silveira criou um grupo de trabalho dentro do ministério para discutir medidas caso o conflito se transforme em guerra, o que pode reduzir a oferta mundial de petróleo e derivados. Segundo ele, a ideia é pensar em ações “para que não haja o mínimo risco de falta de suprimentos, muito menos impactos mais dramáticos na economia nacional”.

“É importante que a gente esteja atento. O ministério está debruçado. Hoje mesmo fiz uma reunião com a Secretaria de Petróleo, Gás e Biocombustíveis a fim de que a gente possa, em um grupo que acabei de criar um grupo de monitoramento permanente da oscilação do preço do Brent (que classifica o petróleo cru), a gente possa agir de pronto com os mecanismos que nós temos e que respeitem a governança do setor privado e da própria Petrobras”, respondeu Silveira ao ser questionado por jornalistas após reunião do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, em Brasília.

O ministro afirmou ainda esperar que a escalada não avance. O Irã lançou no sábado (13) um ataque a Israel com drones e mísseis, em retaliação a agressões cometidas pelo país, como a destruição da embaixada iraniana em Damasco, na Síria, matando sete pessoas, inclusive um líder militar do Irã. Israel defendeu o ataque e sofreu poucos danos, e estuda a possibilidade de retaliação o que pode deflagrar uma guerra no Oriente Médio.

Brasil pode sofrer impactos

O Irã é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, e a região está cercada por outros grandes exportadores, como a Arábia Saudita. Uma guerra em larga escala no Oriente Médio pode trazer prejuízos significativos e encarecer o preço do combustível.

“Se assim se der, o Brasil como todos os países do mundo, tem e sofre impactos quando há restrição de produção ou comercialização de petróleo”, explicou o ministro. Ele destacou também a mudança na política de paridade internacional do preço dos combustíveis, que também pode amortecer os impactos.

Silveira afirmou ainda que fará uma série de reuniões durante o dia com distribuidores, com a Petrobras, e outros elos da cadeia produtiva para discutir medidas caso a escalada ocorra.

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