Mato Grosso do Sul, 22 de abril de 2025
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Lula na Celac: América Latina unida em nome da segurança alimentar, clima e representatividade Global

Presidente participa de cúpula em Honduras e propõe integração regional, candidatura única à ONU e combate conjunto à fome e à crise climática
O Brasil voltou à Celac em 2023, após ter se retirado do fórum em 2019 - Imagem - Ricardo Stuckert
O Brasil voltou à Celac em 2023, após ter se retirado do fórum em 2019 - Imagem - Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Tegucigalpa, capital de Honduras, nesta quarta-feira, para representar o Brasil na IX Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro, que reúne os 33 chefes de Estado e de Governo da América Latina e do Caribe, colocou na mesa temas urgentes e estratégicos para o futuro da região: integração regional, mudanças climáticas, segurança alimentar e um movimento ousado por mais representatividade global.

A presença de Lula marca um momento simbólico para o Brasil, que voltou ao bloco em 2023 após um afastamento iniciado em 2019. Com isso, o país reforça seu compromisso com o fortalecimento da integração regional e com a retomada do diálogo diplomático em alto nível com os países vizinhos.

Durante os debates, o presidente defendeu com firmeza uma proposta que pode reposicionar a América Latina no cenário global: a escolha de um nome único, preferencialmente feminino, para disputar o cargo de secretário-geral da ONU em 2026. “A região nunca teve uma mulher nesse posto e está mais do que na hora de mudar isso. Além disso, a união em torno de uma só candidatura fortalece nossas chances de ocupar esse espaço com legitimidade”, explicou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty.

A proposta não é isolada. Vem acompanhada de um pacote de ações que reforçam o papel proativo da América Latina diante de desafios globais. Lula também convidou os países da Celac a participarem da COP30, que será realizada em novembro deste ano, no Brasil, e a se engajarem na Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Essa iniciativa, proposta pelo Brasil durante sua presidência do G20, visa erradicar a fome no mundo até 2030.

Outro ponto forte da cúpula foi o debate sobre segurança alimentar. Com uma população de mais de 670 milhões de pessoas e sendo a maior produtora de alimentos do planeta, a região precisa garantir que sua abundância chegue às mesas das famílias mais vulneráveis. Nesse sentido, o presidente brasileiro defendeu políticas integradas para ampliar a produção sustentável e fortalecer redes de distribuição solidárias.

Além disso, os líderes discutiram os impactos das mudanças climáticas, a necessidade de transição energética e a urgência de preservação dos biomas regionais. Com um imenso potencial em energias limpas como a solar e a eólica, a América Latina e o Caribe podem se transformar em líderes da nova economia verde.

Lula reforçou que o compromisso do Brasil vai além da retórica. “O primeiro gesto da minha política externa foi voltar à Celac. Isso mostra o quanto acredito na força da união regional. Juntos, somos a terceira maior economia do mundo. Precisamos agir como tal”, destacou o presidente.

A Celac, que reúne países de diferentes contextos políticos e econômicos, mostrou nesta cúpula que é possível encontrar consensos em temas estruturantes. A proposta de integração regional ganha cada vez mais corpo e se traduz em ações concretas, como alianças estratégicas, cooperação científica e diálogo permanente entre os países.

Com sua atuação em Tegucigalpa, Lula dá mais um passo no projeto de reposicionar o Brasil como protagonista da política internacional, com foco na solidariedade, no multilateralismo e na defesa da dignidade humana.

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