O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de 78 anos, passou, na manhã desta terça-feira, 27 de maio, por nova avaliação médica após apresentar sintomas decorrentes de uma crise de labirintite, registrada desde o dia anterior. Conforme informado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Lula encontra-se bem, permanece consciente e orientado, mas ainda apresenta episódios de tontura e vertigem, característicos desse tipo de enfermidade. Por recomendação médica, optou-se pela permanência do presidente no Palácio da Alvorada, onde ele seguirá realizando despachos internos e acompanhando os assuntos de governo de maneira remota e reservada.
A crise de labirintite que acomete o presidente levou ao cancelamento de ao menos dois compromissos oficiais que estavam previamente agendados para esta terça-feira. Lula não compareceu à reunião com reitores de universidades públicas, que ocorreria no Palácio do Planalto, tampouco participou da solenidade de celebração do Dia do Diplomata, no Palácio do Itamaraty, evento tradicional do calendário oficial brasileiro. Ambos os compromissos foram assumidos por ministros e demais autoridades do governo federal.
No encontro com os reitores, o presidente foi representado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo ministro da Educação, Camilo Santana, ambos destacados interlocutores do governo junto ao setor educacional. Já no Itamaraty, a representação coube ao vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que tradicionalmente atua na substituição do chefe do Executivo em ocasiões formais e institucionais.
A nova avaliação médica do presidente foi realizada pela médica Ana Helena Germoglio, chefe da equipe médica que assiste à Presidência da República. Segundo o boletim divulgado, Lula segue sob tratamento medicamentoso para controle dos sintomas, principalmente as tonturas e episódios de vertigem, comuns em quadros de labirintite. A médica destacou que a evolução do quadro clínico é considerada favorável e que os sintomas tendem a desaparecer no prazo de 24 a 48 horas, desde que mantidas as orientações de repouso e acompanhamento contínuo.
De acordo com a Secom, não há, neste momento, indicação de internação hospitalar ou necessidade de novos exames complementares, uma vez que a avaliação clínica confirma o diagnóstico e demonstra a estabilidade do quadro. Assim, a expectativa é de que Lula permaneça no Palácio da Alvorada ao longo dos próximos dias, retomando gradualmente os compromissos públicos, conforme evolução positiva do seu estado de saúde.
O episódio teve início na tarde de segunda-feira, 26 de maio, quando o presidente, durante o expediente no Palácio do Planalto, começou a sentir-se indisposto, apresentando sintomas de vertigem e mal-estar. Preocupados com a possibilidade de um agravamento, os assessores o encaminharam ao Hospital Sírio-Libanês, unidade de referência em Brasília, onde ele foi submetido a uma bateria de exames médicos, que descartaram complicações mais graves e confirmaram o diagnóstico de labirintite.
A equipe médica foi categórica ao afirmar que o quadro atual não guarda relação com o acidente sofrido por Lula no fim do ano passado, quando o presidente escorregou e bateu a cabeça, episódio que resultou, meses depois, na formação de um hematoma intracraniano. À época, Lula precisou passar por uma cirurgia de emergência para drenagem do hematoma, com recuperação bem-sucedida. O episódio atual é considerado isolado e não possui vínculo com aquele incidente.
A labirintite é uma enfermidade que afeta o labirinto, estrutura localizada no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e percepção espacial do corpo humano. Quando acometido por processos inflamatórios ou infecciosos, esse sistema provoca sintomas como vertigem, tontura, perda de equilíbrio, náuseas e, em casos mais graves, dificuldade para manter-se em pé. O tratamento normalmente envolve o uso de medicamentos para alívio dos sintomas e recomendações de repouso, com prognóstico, na maioria dos casos, de recuperação completa em poucos dias.
Apesar do desconforto provocado pela enfermidade, Lula se mantém informado e atento aos principais temas da administração federal. De acordo com fontes próximas à Presidência, o presidente deverá receber ministros e assessores diretos ao longo do dia, para despachos internos e decisões importantes relativas à condução do governo, mesmo que de maneira mais reservada e cautelosa. A Secom reforçou que o estado de saúde do presidente inspira cuidados, mas não causa alarme, sendo compatível com sua faixa etária e histórico clínico recente.
O Palácio do Planalto, por sua vez, já ajustou a agenda presidencial para os próximos dias, priorizando a preservação da saúde do chefe do Executivo e evitando compromissos que exijam deslocamentos ou longas permanências em ambientes públicos, até que haja plena recuperação.
Aliados políticos e figuras públicas manifestaram, nas redes sociais, votos de pronta recuperação ao presidente, que, mesmo afastado temporariamente de eventos presenciais, mantém sua liderança na condução do governo federal. A situação é acompanhada de perto por sua equipe médica e pelo círculo mais próximo de assessores, que monitoram constantemente a evolução do quadro clínico.
Nos bastidores do governo, a orientação é de absoluta transparência na divulgação de informações sobre a saúde do presidente, uma postura adotada desde o início do atual mandato, em janeiro de 2023. A assessoria de comunicação da Presidência reforçou que qualquer alteração no estado de saúde será prontamente comunicada à imprensa e à população brasileira.
A expectativa é que, confirmada a melhora prevista para as próximas 48 horas, Lula retome gradativamente sua agenda oficial, inclusive com compromissos internacionais previstos para o mês de junho, cujo planejamento segue, por ora, mantido.
#Saúde #Lula #Labirintite #PresidênciaDaRepública #PalácioDoAlvorada #PolíticaNacional #Recuperação #BemEstar #AgendaPresidencial #Brasil #GovernoFederal #NotíciasDoDia
