Em meio a compromissos da 9ª Cúpula da CELAC, realizada em Tegucigalpa, Honduras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu mais um passo em direção à integração econômica da América Latina. Antes mesmo de se juntar aos demais chefes de Estado, Lula teve uma conversa de peso com a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, e colocou na mesa uma proposta prática: promover grandes encontros entre empresários brasileiros e mexicanos a cada dois anos.
A ideia, segundo Lula, é simples, mas poderosa. Realizar alternadamente no Brasil e no México eventos voltados para aproximar empresários dos dois países, fomentar parcerias, abrir portas para novos investimentos e turbinar a relação comercial entre as duas maiores economias da América Latina.
“É muito importante que o México e o Brasil estejam juntos. Não apenas para ajudar a fortalecer a América Latina, mas também para fortalecer o comércio entre os dois países”, destacou Lula durante coletiva à imprensa logo após a reunião.
O modelo proposto segue os mesmos moldes do que já foi feito com o Japão. Recentemente, Lula participou do Fórum Empresarial Brasil-Japão, onde também sugeriu encontros regulares entre os setores produtivos. A ideia é criar um canal direto, prático e eficiente entre quem produz, investe e gera empregos nos dois lados da fronteira.
Além da pauta econômica, Lula aproveitou para reforçar seu posicionamento em relação ao multilateralismo. Ele criticou a recente decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas pesadas sobre produtos de países como o Brasil e a China. Segundo ele, esse tipo de ação unilateral enfraquece o diálogo global e coloca em risco a estabilidade econômica mundial.
“Querer fazer negociação individual é você colocar fim no multilateralismo. E ele é muito importante para a tranquilidade econômica que o mundo precisa. Não é aceitável a hegemonia de um país sobre os outros. Cada nação tem que ter sua soberania respeitada”, afirmou o presidente.
Na mesma linha, Lula ressaltou que o Brasil busca sempre resolver seus impasses com base no diálogo. Para ele, é na conversa e no acordo que se constrói um país forte e respeitado. “Tudo no Brasil é feito na base da conversa, na base de uma mesa de negociação. É assim que a gente quer fazer o Brasil se transformar num país de economia forte”, disse.
Outro ponto importante abordado por Lula foi a proposta de lançar uma candidatura única da CELAC para o cargo de secretária-geral da ONU. E o mais simbólico: a candidata será uma mulher. Segundo Lula, a proposta é um reconhecimento da força feminina nos espaços de liderança.
“Eu acho que vai dar certo, porque as mulheres estão em ascensão. Estão ocupando espaços cada vez melhores. Muitas vezes têm mais competência que os homens, têm mais sensibilidade. E eu acho que o século 21 pode ser, verdadeiramente, o século da mulher”, concluiu.
Com essa postura firme, Lula segue apostando na união da América Latina, no fortalecimento da economia através do diálogo e na valorização das mulheres como lideranças globais. Agora é aguardar os próximos passos dessa aliança Brasil-México e ver se os encontros empresariais saem do papel para virar realidade nos próximos anos.
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