O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de uma cerimônia histórica em São Paulo, que oficializou a renovação do patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O novo contrato, firmado até o final de 2028, prevê um investimento direto de R$ 160 milhões, sendo R$ 40 milhões por ano, além de um repasse legal adicional de R$ 250 milhões através das Loterias Caixa, consolidando a maior parceria da história do paradesporto mundial.
Em seu discurso emocionado, Lula destacou a importância estratégica do investimento no esporte paralímpico e ressaltou o compromisso do governo com a valorização e o fortalecimento dos atletas brasileiros. “No Brasil, nós temos atletas que, muitas vezes, não treinavam porque não tinham um tênis para treinar. Tinha atleta correndo descalço em cidades do interior. Um país que não cuida dos seus atletas e do esporte é um país que nunca vai ser competitivo e nunca vai ser motivo de orgulho para o povo que mora naquele país”, afirmou o presidente.
O chefe do Executivo lembrou a criação do Programa Bolsa Atleta como uma política pública essencial para democratizar o acesso ao esporte de alto rendimento. “Foi por isso que nós criamos o Bolsa Atleta, para dar às pessoas que não têm oportunidade, que nunca foram olhadas com o menor respeito, a oportunidade de virar um atleta profissional e ser motivo de orgulho como vocês viraram por esse país afora e pelo mundo afora”, complementou.
Durante a cerimônia, Lula anunciou ainda o projeto do Governo Federal de criar uma universidade do esporte, com foco na formação de profissionais para diversas modalidades esportivas. “O projeto original é criar uma faculdade de futebol, mas eu acho que só a faculdade de futebol é pouco diante da lição que vocês estão dando ao Brasil, porque vocês são as pessoas que fazem sacrifício para chegar onde vocês chegaram”, declarou, dirigindo-se aos atletas presentes.
O evento contou também com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro do Esporte André Fufuca e de outras autoridades. Alckmin destacou o impacto das políticas públicas na evolução do esporte paralímpico brasileiro. “Veja, presidente Lula, e ministro Fufuca, como boa política pública faz diferença. Em 2016, no Rio, o Brasil, que hoje é uma potência paralímpica, teve o quinto lugar. Em 2021, em Tóquio, o sétimo lugar. E, agora, em 2024, em Paris, o quinto lugar. E com mais uma medalha teria avançado ainda mais”, celebrou.
A renovação do contrato contempla o patrocínio a 18 modalidades paralímpicas, cinco a mais que o contrato anterior. Entre elas estão atletismo, basquete em cadeira de rodas, futebol de cegos, natação e vôlei sentado. Mais de 120 atletas com deficiência terão apoio financeiro individualizado, permitindo um planejamento técnico estruturado para o Ciclo Paralímpico que culminará com os Jogos de Los Angeles, em 2028.
O ministro do Esporte, André Fufuca, enfatizou que o presidente Lula já autorizou um novo reajuste do Bolsa Atleta e do Bolsa Pódio para o próximo ano, reconhecendo o papel fundamental do esporte paralímpico na promoção da inclusão e superação. “O esporte paralímpico dá resposta para todos aqueles que não acreditavam. E, com muita dificuldade, é a quinta potência hoje do mundo. Mas eu não tenho dúvida de que daqui a 20 anos nós estaremos aqui novamente nesse lugar, não como a quinta potência do esporte paralímpico, mas, sim, como a primeira potência do esporte paralímpico mundial”, ressaltou.

O centro de treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro, situado em São Paulo, também foi lembrado durante a solenidade. Inaugurado em 2016 pelo então governador Geraldo Alckmin, o espaço é o quarto maior centro de treinamento de paradesporto do mundo, com 95 mil metros quadrados de área construída, abrigando instalações para 20 modalidades paralímpicas.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, destacou a longevidade da parceria com o CPB, que já dura mais de duas décadas e representa o mais longo patrocínio da história do paradesporto mundial. “A Caixa acredita no poder do esporte para transformar a vida das pessoas. E os números mostram que estamos no caminho certo. Desde que a Caixa assumiu esse papel com o Comitê Paralímpico, são R$ 500 milhões investidos nessa parceria. Das 399 medalhas conquistadas, 205 existem desde o patrocínio da Caixa”, afirmou.
O presidente do CPB, José Antônio Freire, celebrou o fortalecimento da parceria e reafirmou o compromisso da entidade com a excelência esportiva. “Para o CPB é uma honra, é muito mais trabalho para que a gente possa fazer as entregas que nos levaram ao top 5 na Paralimpíada de Paris. A responsabilidade é grande com esse que é o maior patrocínio da existência do CPB”, declarou.
O campeão paralímpico de natação, Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, também subiu ao palco para agradecer o apoio recebido. “A gente sabe que é indispensável esse apoio para a gente ter tranquilidade para trabalhar e mostrar para o Brasil e para o mundo inteiro a força que nós, pessoas com deficiência, e, também, atletas de alto rendimento, temos para provar a todos que somos capazes de conquistar lugares que muitas pessoas não imaginam”, disse.
Atualmente, o Brasil é uma das maiores potências paralímpicas do mundo. O país alcançou, nas Paralimpíadas de Paris 2024, a melhor colocação de sua história, conquistando 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Esse desempenho expressivo é resultado direto do robusto apoio financeiro e estrutural proporcionado pelo Governo Federal e pela Caixa.
Os investimentos no esporte de alto rendimento foram intensificados nos últimos anos. Para os Jogos de Paris 2024, foi lançado o Guia de Investimentos, Modalidades e Atletas, detalhando o apoio financeiro e estrutural aos esportistas. Em 2023 e 2024, o aporte total em esporte de alto rendimento superou R$ 600 milhões por ano. Só o Programa Bolsa Atleta, que completou 20 anos, destinou mais de R$ 160 milhões a mais de 9 mil atletas em 2024. Em 2025, o número de contemplados superou os 10 mil atletas, com um investimento aproximado de R$ 176 milhões.
Por fim, Lula reiterou que o esporte é um instrumento de transformação social e de construção de cidadania. O Governo Federal e a Caixa reafirmam, com essa renovação histórica, o compromisso de continuar investindo no talento e na superação dos atletas brasileiros, transformando o país em uma referência mundial no paradesporto.
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