Mato Grosso do Sul, 7 de junho de 2025
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Lula sela aliança estratégica com empresários franceses e impulsiona nova era de investimentos bilionários no Brasil

Presidente fortalece laços diplomáticos e econômicos com a França, obtém promessa de R$ 100 bilhões em aportes, reforça a indústria nacional e celebra avanços culturais, ambientais e tecnológicos no eixo franco-brasileiro
Imagem - Ricardo Stuckert/PR
Imagem - Ricardo Stuckert/PR

A visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França, realizada entre os dias 6 e 8 de junho, consolidou um novo capítulo nas relações bilaterais entre o Brasil e a nação europeia. Em solo francês, o chefe de Estado brasileiro não apenas reforçou o compromisso diplomático com um dos principais parceiros internacionais do Brasil, como também selou acordos de caráter econômico, científico e cultural com resultados expressivos e promissores. O momento mais emblemático da visita foi o anúncio da perspectiva de investimentos da ordem de R$ 100 bilhões até 2030, compromisso assumido por um grupo de cerca de quinze grandes empresários franceses com atuação consolidada em território brasileiro.

O encontro entre Lula e os executivos franceses ocorreu na sexta-feira, 6 de junho, em Paris, durante uma reunião de alto nível com representantes de empresas dos setores de energia, infraestrutura, tecnologia, saúde e mobilidade. No dia seguinte, em entrevista coletiva à imprensa, o presidente fez questão de destacar o papel do governo brasileiro como articulador e facilitador do ambiente de negócios. “Estamos levando de volta para o Brasil o compromisso dos 15 maiores investidores franceses, que já têm empresa no Brasil, de nos próximos cinco anos termos um investimento de 100 bilhões. Essa é a novidade”, declarou o presidente com entusiasmo.

Lula ressaltou que a principal missão de um presidente em agendas internacionais é promover a aproximação entre investidores e o Estado, criando pontes para a formação de parcerias estratégicas e sustentáveis. “Não se trata de negociar diretamente, mas de abrir portas, apresentar oportunidades, mostrar as vantagens competitivas do país. É isso que fazemos quando falamos com empresários e governantes. Nosso papel é criar condições para que os empresários brasileiros e estrangeiros possam dialogar, se encontrar, trocar experiências e construir um futuro de prosperidade mútua”, explicou.

A relevância da França como investidor no Brasil é notável. Trata-se da terceira maior origem de investimentos diretos no país, com um estoque superior a 66 bilhões de dólares. Atualmente, mais de mil empresas francesas operam em território nacional, gerando cerca de 500 mil empregos diretos. Em 2024, a corrente comercial entre os dois países atingiu 9,1 bilhões de dólares, um crescimento de 8% em relação ao ano anterior. Ainda assim, Lula alertou para a necessidade de ampliar esse fluxo. “É uma vergonha que Brasil e França, sendo potências econômicas, tenham uma corrente de comércio tão modesta. Nós temos com o Vietnã 13 bilhões de dólares de fluxo comercial. Precisamos assumir nosso tamanho e papel no cenário global”, afirmou.

Outro tema de destaque na visita foi a ampliação da cooperação industrial, especialmente na área aeroespacial. O presidente apresentou o projeto de fortalecimento da fábrica de helicópteros Helibras, localizada em Itajubá, Minas Gerais. Segundo Lula, o governo brasileiro está interessado em firmar um novo acordo com a França para a produção ampliada de aeronaves destinadas a atender setores essenciais como segurança pública, defesa, saúde e meio ambiente. “Temos a única fábrica de helicópteros da América Latina. Se firmarmos um pacote robusto, poderemos transformá-la numa plataforma continental para abastecer América Latina, África e outras regiões, como fazemos com o KC-390 da Embraer”, explicou.

Além das questões econômicas, a agenda de Lula na França contemplou avanços significativos em áreas científicas, ambientais, educacionais e culturais. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou a assinatura de 20 atos bilaterais entre os dois países, abrangendo temas estratégicos como inovação, meio ambiente, segurança alimentar, tecnologia e saúde. “Fica evidente que o relacionamento bilateral tem passado por um adensamento nos últimos anos. Projetos como o satélite geoestacionário de comunicações, o supercomputador Santos Dumont e o Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica ilustram essa nova etapa”, declarou.

Um dos marcos importantes foi a reativação do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica, que neste ano passará a financiar pesquisas conjuntas, reforçando o compromisso ambiental das duas nações com a preservação dos biomas e a mitigação das mudanças climáticas. Também foi celebrado, em Paris, o reconhecimento do Brasil pela Organização Mundial de Saúde Animal como país livre da febre aftosa sem vacinação, o que abre novas possibilidades para o setor de exportação de proteínas animais.

Na área da saúde, a visita também rendeu frutos. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estabeleceu novas parcerias com o Instituto Pasteur e outras instituições francesas, o que contribuirá para o avanço na pesquisa e desenvolvimento de vacinas e biotecnologias laboratoriais.

No campo cultural, a delegação brasileira participou de uma série de encontros que visam estimular o intercâmbio artístico e a valorização da língua portuguesa em instituições francesas. A Embaixada do Brasil em Paris organizou mostras, concertos e exposições paralelas à visita presidencial, reforçando os laços históricos que unem as duas nações desde o período imperial.

Ao final da missão, Lula seguiu para Nice, onde participou de outras agendas diplomáticas antes de retornar ao Brasil. O saldo da viagem à França foi avaliado como altamente positivo pelo Itamaraty, pela equipe econômica e por empresários que acompanharam a comitiva. Mais do que promessas, o roteiro europeu revelou-se uma vitrine da diplomacia econômica ativa, na qual o Brasil assume seu papel de protagonista em um mundo multipolar, abrindo portas, consolidando alianças e buscando parcerias que contribuam para o crescimento sustentável e inclusivo do país.

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