Mato Grosso do Sul, 1 de julho de 2025
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Mãe e bebê são encontrados carbonizados em matagal de Campo Grande e polícia investiga a brutal execução

Corpos foram desovados e incendiados com óleo diesel; autoridades já possuem suspeitos e tentam identificar as vítimas por meio de perícia especializada
O delegado também revelou que a polícia já tem suspeitos e identificou o modelo do carro
O delegado também revelou que a polícia já tem suspeitos e identificou o modelo do carro

Na noite da última segunda-feira, 26 de maio, uma cena de horror chocou a população de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Os corpos carbonizados de uma mulher e de um bebê, possivelmente seu filho de apenas um ano de idade, foram encontrados em meio a um matagal na Rua Desembargador Ernesto Borges, no Núcleo Industrial Indubrasil, região oeste da cidade. O crime bárbaro, que ganhou ampla repercussão, mobilizou diversas equipes policiais e do Corpo de Bombeiros, que ainda buscam esclarecer todas as circunstâncias e os responsáveis pela execução.

Por volta das 23 horas, moradores da região acionaram a Polícia Militar após perceberem focos de incêndio em uma área de vegetação densa e isolada, situada ao final de uma rua sem saída. No local, ao lado de uma mata fechada, os militares se depararam com uma cena perturbadora: os corpos em chamas de uma mulher adulta e uma criança. O Corpo de Bombeiros foi chamado imediatamente para conter o fogo e preservar a cena do crime para a perícia.

Segundo relatos preliminares colhidos pelas autoridades, os corpos foram lançados de uma caminhonete de cor escura e incendiados com óleo diesel, numa tentativa clara de dificultar a identificação e ocultar provas. Testemunhas disseram ter visto o veículo deixando o local em alta velocidade, minutos antes de perceberem o incêndio. “No início, não sabíamos que eram duas pessoas. Só depois, quando o fogo foi controlado, vimos os dois corpos”, relatou um morador, profundamente abalado pela brutalidade do crime.

O delegado Mateus Crovador, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, afirmou que os corpos foram desovados no local e que as vítimas não foram mortas ali. “As características apontam que o assassinato ocorreu em outro ponto e os corpos foram trazidos até aqui para serem queimados”, declarou. De acordo com Crovador, a mulher apresentava sinais de ter tido o pescoço quebrado, o que sugere uma execução violenta, anterior à tentativa de incineração.

A perícia inicial realizada pela Polícia Científica, com apoio de um papiloscopista, busca levantar vestígios que permitam a identificação das vítimas, já que o estado de carbonização inviabilizou o reconhecimento visual. Impressões digitais, exames odontológicos e testes genéticos estão entre os procedimentos adotados para determinar a identidade da mulher e da criança. Até o momento, não foram encontrados sinais evidentes de perfurações de arma de fogo ou faca nos corpos, o que reforça a hipótese de morte por asfixia ou fratura, seguida da queima deliberada.

“É uma cena que choca qualquer pessoa, ainda mais quando há uma criança envolvida. Uma criança carbonizada é uma das piores imagens que se pode ter”, desabafou o delegado. Ele acrescentou que a Polícia Civil já possui uma linha de investigação bem delineada, com possíveis suspeitos identificados. “Sabemos qual o modelo do veículo que pode ter sido utilizado e estamos analisando imagens de câmeras de segurança da região que podem confirmar a movimentação da caminhonete e de seus ocupantes”, explicou.

A equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) também esteve no local e prossegue realizando diligências em busca de novas provas, além de realizar oitivas com moradores, familiares e possíveis testemunhas. As autoridades acreditam que, nas próximas horas, novas informações poderão surgir, ajudando a identificar as vítimas e a elucidar a motivação do crime.

Até o momento, não há informações oficiais sobre quem eram a mulher e a criança. Nenhum familiar se apresentou para o reconhecimento ou para relatar desaparecimento de pessoas com tais características, o que aumenta a dificuldade da investigação. A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, incluindo a possibilidade de que as vítimas sejam oriundas de outra cidade ou estado, e tenham sido trazidas para Campo Grande com o objetivo de dificultar ainda mais a identificação e a resolução do caso.

Testemunhas afirmam que, no momento em que o fogo foi avistado, o cheiro de osso e cabelo queimados era muito forte, uma característica que causou enorme comoção entre os moradores do Núcleo Industrial Indubrasil, bairro conhecido pelo trânsito frequente de veículos pesados e pela existência de áreas ermas e de difícil acesso.

O delegado Mateus Crovador reforçou que a equipe de investigação trabalha com afinco para desvendar o crime, considerado uma das ocorrências mais brutais registradas em Campo Grande nos últimos anos. “Estamos determinados a identificar as vítimas e a capturar os responsáveis por essa barbárie. Crimes como esse não podem ficar impunes”, afirmou.

O crime causou indignação em toda a sociedade sul-mato-grossense, que clama por justiça. Entidades de defesa dos direitos humanos e da infância manifestaram repúdio ao ato de violência extrema e cobraram das autoridades celeridade nas investigações. A DHPP seguirá à frente do inquérito, que permanece sob sigilo, dada a complexidade e a gravidade do caso.

Enquanto isso, a Polícia Científica continua a trabalhar na identificação das vítimas, um passo fundamental para avançar nas investigações e compreender quem eram a mulher e o bebê brutalmente assassinados. A expectativa é de que, com o cruzamento de dados de desaparecidos e o avanço dos exames periciais, seja possível chegar à identidade das vítimas em breve, para que, assim, as famílias possam ser localizadas e os responsáveis punidos exemplarmente.

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