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Mato Grosso do Sul, 3 de maio de 2024
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Mãe e filho acusados de matar idosos se entregam à polícia em Mato Grosso

Na propriedade rural, os policiais cumpriram os mandados de prisão contra os suspeitos, mas não localizaram a caminhonete e nem as armas de fogo usadas no crime
Inês Gemilaki e seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz, foram presos na tarde desta terça-feira (23)
Inês Gemilaki e seu filho Bruno Gemilaki Dal Poz, foram presos na tarde desta terça-feira (23)

Mãe e filho acusados de matar dois idosos em Peixoto de Azevedo (MT) se entregaram à Polícia Civil na tarde desta terça-feira, 23. A equipe cumpriu os mandados de prisão contra Inês Gemilaki e seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, em uma propriedade rural da família, localizada a 180 quilômetros do município matogrossense onde ocorreu o crime.

Segundo a Polícia Civil, o local onde mãe e filho foram presos é de difícil acesso e tem mais de 85 quilômetros de estradas de terra. A Justiça do Mato Grosso expediu os mandados de prisão contra os dois suspeitos após pedido da delegada Anna Paula Marien, responsável pelas investigações.

A prisão aconteceu por intermédio da defesa da família, que compareceu à delegacia para negociar a rendição de Inês e Bruno. A advogada reiterou a intenção da mãe e filho em se entregarem, e o pedido para que uma equipe fizesse o acompanhamento até a fazenda onde eles se esconderam. 

Na propriedade rural, os policiais cumpriram os mandados de prisão contra os suspeitos, mas não localizaram a caminhonete e nem as armas de fogo usadas no crime. Inês e Bruno foram levados à Delegacia de Peixoto de Azevedo, onde prestaram depoimento. 

Pecuarista Ines Gemilaki e o médico Bruno Gemilaki Dal Poz, mãe e filho, fugiram após o crime
Foto: Reprodução

Comparsas também foram presos

Mais cedo nesta terça-feira, a Polícia Civil também prendeu Márcio Ferreira Gonçalves, marido de Inês e padrasto de Bruno, que já era procurado pelo crime, e seu irmão Eder Gonçalves Rodrigues, que confessou a participação no duplo homicídio. Eles estavam em uma casa no Centro de Alta Floresta.

De acordo com a polícia, Eder confessou a participação no crime, dizendo ser a pessoa que entrou invadiu a casa e efetuou os disparos com Inês e Bruno. Durante a execução do crime, Márcio ficou na caminhonete Ford Ranger, do lado de fora da residência, aguardando para ajudar os comparsas na fuga.

“Com as prisões, foi possível identificar um quarto envolvido no crime, até então desconhecido, uma vez que acreditávamos que o homem de camiseta preta que entrou na casa e efetuou os disparos era o Márcio, marido e padrasto dos outros dois autores do crime”, disse a delegada Anna Marien, responsável pelas investigações.

As vítimas foram identificadas como Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, de 68 anos. O padre da cidade também ficou ferido e permanece hospitalizado, segundo informações policiais.

O marido de Inês, Marcio Ferreira Gonçalves, também teria participado do crime, fornecendo apoio ao grupo. Os três estão atualmente foragidos.

Segundo relatos da polícia, o homicídio teria ocorrido após um desentendimento entre as partes envolvidas devido a uma dívida relacionada a um imóvel.

Quem é Inês Gemilaki

A bolsonarista Inês Gemilaki. Foto: reprodução

Em suas redes sociais, além de fazer postagens a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguir personalidades conhecidas da extrema-direita, Inês costumava compartilhar fotos dela mesma, de sua família e até conteúdos religiosos.

A bolsonarista acompanha as redes, por exemplo, do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado do ex-capitão, e do ex-presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, que após o fim do governo Bolsonaro não conseguiu se eleger deputado e saiu do cenário político.

Entre as publicações, ela compartilhou também um texto de um padre: “Não adianta pedir a Deus que lhe mostre o caminho se você não está disposto a caminhar”. Além disso, ela repostou outra mensagem que dizia: “Se te cortei da minha vida, existe uma boa possibilidade de você ter me dado a tesoura”.

Em fevereiro de 2021, Inês parabenizou Bruno, seu filho envolvido no crime, pela formatura em medicina, postando uma foto dele com a legenda: “Depois de muita luta, chegou seu dia, meu filho querido. Exemplo de ser humano”.

Quem são mãe e filho suspeitos de matar idosos durante confraternização em MT | CNN Brasil
Bruno Gemilaki Dal Poz. Foto: reprodução

Filho de Inês, Bruno Gemilaki Dal Poz tem 28 anos e é um médico formado pelo Centro Universitário Uninorte, localizado em Rio Branco (AC). Ele é registrado no Conselho Federal de Medicina (CFM), embora ainda não tenha uma especialidade registrada. Seu primeiro registro foi feito em março de 2021.

Ao longo de sua carreira, o médico trabalhou como clínico geral em uma clínica na zona rural de Peixoto de Andrade. Seu perfil no LinkedIn indica também sua atuação em uma clínica na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo.

Durante sua formação acadêmica, Bruno participou como coautor de diversos trabalhos científicos abordando temas variados, como “hipotireoidismo com comprometimento renal em adolescente”, “falta de adesão à puericultura por crianças de 0-2 anos” e “sepse: avaliação da qualidade do atendimento em setor de urgência e emergência”.


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