Mato Grosso do Sul, 9 de julho de 2025
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Mais Médicos reforça atendimento em Mato Grosso do Sul com novos profissionais em regiões carentes e indígenas

Com foco na atenção primária e na equidade do SUS, 34 médicos chegam ao estado para ampliar acesso à saúde pública em territórios vulneráveis e aldeias tradicionais
Foto: Rafael Nascimento
Foto: Rafael Nascimento

A expansão do Programa Mais Médicos alcançou um novo marco em Mato Grosso do Sul com a chegada de 34 profissionais para reforçar a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) em regiões de alta vulnerabilidade social e em territórios indígenas. O objetivo é garantir atendimento qualificado, ampliar a cobertura da atenção primária e reduzir o tempo de espera para consultas e exames em locais historicamente carentes de médicos.

Do total de médicos designados para o estado, 30 foram alocados em 21 municípios do interior e quatro atuarão no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Mato Grosso do Sul, atendendo comunidades tradicionais nos polos de Paranhos e Tacuru. As localidades contempladas foram priorizadas com base na menor proporção de médicos por habitante, conforme apontado pelo levantamento Demografia Médica 2025, que fundamenta os critérios do edital mais recente do programa.

A iniciativa busca transformar a realidade da atenção primária ao fortalecer as equipes da Saúde da Família com médicos preparados para enfrentar os principais desafios da rede pública. Esses profissionais passam a atuar em unidades básicas, atendendo desde casos clínicos simples até acompanhamentos de doenças crônicas, vacinação, pré-natal e ações de promoção da saúde. Nas regiões indígenas, o desafio é ainda maior: o atendimento ocorre em comunidades remotas, com acesso difícil e necessidades específicas de saúde pública.

A distribuição estratégica dos novos profissionais abrange municípios como Amambai, Novo Horizonte do Sul, Mundo Novo, Maracaju, Terenos, Figueirão, Bataguassu, Caracol, Costa Rica, Coxim, Douradina, Fátima do Sul, Jardim, Juti, Ladário, Nioaque, Ponta Porã, Santa Rita do Pardo, Sete Quedas e Três Lagoas. Essa presença capilarizada busca assegurar cobertura contínua em áreas do interior que, por anos, enfrentaram escassez de médicos e longas filas de espera.

A maioria dos profissionais já se encontra em seus postos desde o início do mês. Aqueles formados no exterior ainda passarão pelo Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), a partir de agosto, com treinamentos específicos sobre urgência, emergência e os principais agravos de saúde pública do país. A intenção do governo federal é não apenas alocar médicos, mas qualificá-los para a realidade das comunidades onde atuarão.

Segundo o Ministério da Saúde, o Mais Médicos é mais do que uma política emergencial. É um projeto de reconstrução do cuidado no nível primário, com foco na continuidade do atendimento, no acompanhamento longitudinal dos pacientes e na integração com os serviços de média e alta complexidade. A meta do governo é alcançar 28 mil profissionais em todo o país, e Mato Grosso do Sul está inserido nesse processo com papel estratégico, especialmente por sua extensão territorial e pelo número de comunidades indígenas.

Atualmente, o programa já conta com mais de 24 mil médicos atuando em mais de 4 mil municípios brasileiros. O uso de tecnologias como o prontuário eletrônico e os fluxos digitais de encaminhamento entre as esferas do SUS permitirá que esses novos médicos integrem suas ações a uma rede mais eficaz e centrada na resolutividade. A meta é clara: reduzir o tempo de espera, aumentar a cobertura e garantir atenção digna para cada cidadão, esteja ele em uma aldeia isolada ou em uma cidade do interior.

Além da presença direta no atendimento, o Mais Médicos também prevê capacitações permanentes para seus integrantes, como cursos de especialização em Medicina de Família e Comunidade e oportunidades de mestrado profissional. A iniciativa consolida-se, assim, como um dos maiores investimentos estruturantes da saúde pública nacional, com forte impacto social e territorial.

O reforço em Mato Grosso do Sul é mais um passo decisivo na democratização da saúde, aproximando o cuidado médico de populações que, por muito tempo, foram esquecidas. Com isso, o estado dá um salto na qualidade da atenção básica e reafirma o compromisso do SUS com equidade, universalidade e integralidade.

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