À medida que a ciência da nutrição avança, cresce também o conhecimento sobre os benefícios de alimentos naturais na prevenção de doenças crônicas. Recentemente, uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Tecnologia de Illinois, nos Estados Unidos, reacendeu o debate sobre uma fruta muito presente nas mesas brasileiras: a manga. Apesar de ser amplamente conhecida por seu sabor adocicado e teor de açúcar, a fruta demonstrou ter um papel relevante na melhora da sensibilidade à insulina, fator-chave para o equilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
O estudo foi publicado no renomado periódico Nutrients e contou com a participação de 48 voluntários com sobrepeso ou obesidade. Esses indivíduos foram divididos em dois grupos distintos, sendo que um deles recebeu porções regulares de manga ao longo de quatro semanas, enquanto o outro grupo consumiu um produto de controle. Ao fim do experimento, os pesquisadores observaram avanços significativos nos marcadores relacionados à capacidade do organismo de metabolizar a glicose, o que sugere uma função preventiva da fruta diante do risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2.
O resultado da pesquisa surpreendeu não apenas pelo contraste com a crença popular, mas também por colocar em xeque os mitos históricos que cercam o consumo da manga, especialmente entre pessoas com hiperglicemia ou diabetes diagnosticada. A fruta, embora naturalmente doce, mostrou-se eficaz na regulação dos níveis glicêmicos, ao contrário do que muitos imaginavam.
A nutricionista Giuliana Modenezi, especialista do Hospital Israelita Albert Einstein, destacou os principais nutrientes da manga e sua atuação positiva no metabolismo. Segundo a profissional, a fruta é rica em fibras e compostos antioxidantes como os carotenoides, elementos que auxiliam diretamente no controle da glicemia e na prevenção de picos de insulina. “Muitas pessoas evitam a manga por conta do seu sabor doce, mas, na verdade, ela pode e deve fazer parte de uma dieta equilibrada, inclusive para pessoas com diabetes”, afirma Modenezi.
Além dos benefícios já mencionados, a manga apresenta um perfil nutricional amplamente vantajoso. Ela é fonte expressiva de vitaminas A e C, essenciais para a imunidade e para a manutenção da integridade das mucosas. Também contém potássio, mineral que exerce papel fundamental na regulação da pressão arterial e na saúde cardiovascular.
Outro ponto relevante é a ação da manga na saúde intestinal. A presença de fibras insolúveis favorece o trânsito intestinal, ajuda na sensação de saciedade e atua de forma coadjuvante no controle de peso, fator importante quando se considera que a obesidade é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2.
No entanto, os especialistas recomendam moderação e equilíbrio. A ingestão da fruta deve respeitar as porções adequadas, principalmente no caso de pessoas com diagnóstico de pré-diabetes ou diabetes estabelecido. A inclusão da manga no cardápio deve ocorrer dentro de um plano alimentar bem estruturado, preferencialmente com orientação de um profissional da área de saúde.
O estudo norte-americano amplia o campo de visão da ciência nutricional ao evidenciar que a relação entre sabor doce e impacto glicêmico não é tão direta quanto se pensava. Isso reforça a importância de se avaliar os alimentos em sua totalidade nutricional e não apenas por um único atributo.
Diante desses achados, a manga ganha nova relevância no cenário da alimentação saudável, não apenas como uma opção saborosa, mas como uma potencial aliada na luta contra o avanço do diabetes tipo 2, condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo.
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