Mato Grosso do Sul, 28 de abril de 2025
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Manifestação do MST fecha a BR-060 e deixa motoristas sem saída entre Sidrolândia e Campo Grande

Movimento cobra promessa antiga do governo e exige respostas enquanto interdição segue sem previsão de acabar
Manifestantes bloquearam a via em ambos sentidos
Manifestantes bloquearam a via em ambos sentidos

Logo na madrugada desta segunda-feira, a BR-060, que liga Sidrolândia a Campo Grande, amanheceu completamente bloqueada. Quem passou pelo trecho próximo ao trevo da MS-258, conhecido como Capão Seco, viu um cenário tenso: galhos de árvores e pedaços de madeira foram colocados na pista e queimados, interditando totalmente o trânsito nos dois sentidos.

A manifestação foi organizada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que quer pressionar o governo federal para cumprir velhas promessas de criação de assentamentos no Mato Grosso do Sul. Segundo Claudinei Barbosa, coordenador do movimento, o bloqueio só será desfeito depois que alguém de Brasília aparecer para negociar de verdade. “Vamos sair a partir do momento em que tivermos uma resposta, com a vinda de alguém de Brasília para resolver a nossa situação. Lutamos pela terra e pela reforma agrária. Por isso estamos mobilizados”, disse ele.

O bloqueio começou por volta das 5h da manhã e, até agora, a BR-060 continua interditada. Quem precisa ir de Sidrolândia para Campo Grande, ou o contrário, está enfrentando dificuldade, já que a via principal está fechada e as opções de desvio são longas e complicadas. Motoristas estão sendo orientados a procurar rotas alternativas, mas muitos acabam ficando presos no engarrafamento, sem saber quando vão conseguir seguir viagem.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão no local para acompanhar a movimentação, tentando garantir a segurança tanto dos manifestantes quanto dos motoristas. Mas, até o momento, nenhuma solução foi apresentada, e a tensão cresce a cada hora que passa.

O clima entre os manifestantes é de resistência. Eles dizem que estão cansados de esperar promessas que nunca saem do papel e que a luta é pelo direito à terra e à dignidade para quem vive nos acampamentos. Claudinei reforçou que a mobilização é pacífica, mas que a paciência está se esgotando. “Não estamos aqui para fazer bagunça. Estamos lutando por aquilo que é nosso por direito”, afirmou.

O impacto da manifestação já é grande. Além dos atrasos e transtornos para quem precisa passar pelo trecho, muitos produtores rurais e caminhoneiros que dependem da BR-060 para escoar a produção também estão sendo prejudicados. Sem previsão de liberação da pista, a situação pode se agravar ao longo do dia, com filas ainda maiores e mais revolta entre os motoristas.

Até agora, o governo federal não se manifestou oficialmente sobre o protesto, e os trabalhadores sem terra prometem manter a pressão até serem ouvidos. A expectativa é que novas informações sejam divulgadas ainda hoje, mas, por enquanto, a ordem no local é resistir.

Enquanto isso, quem precisa usar a BR-060 vai ter que ter paciência e buscar caminhos alternativos, porque a estrada principal continua tomada pelo protesto, com muita fumaça, barracas e a esperança dos manifestantes de que, desta vez, sua voz seja finalmente escutada.

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