A decisão da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste sábado (25) já nasceu histórica antes mesmo do apito inicial. Isso porque, pela primeira vez na história da competição, uma mulher foi escolhida para apitar a grande final entre Corinthians e São Paulo. Marianna Nanni Batalha, árbitra paulista de 31 anos, que vem ganhando destaque no cenário nacional, entrou para os livros de história do futebol brasileiro ao ser escolhida pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para comandar este importante confronto.
Marianna, que tem uma trajetória de sucesso no futebol feminino, fez questão de ressaltar a importância desse momento, que não é só dela, mas de todas as mulheres que, assim como ela, batalham para conquistar seu espaço em um ambiente tradicionalmente masculino. Em entrevista, a árbitra comentou sobre o significado de apitar uma final da Copinha: “O programa Jovens Árbitros me fez desenvolver muito o meu perfil técnico, físico e psicológico. Eu acredito que estar inserida nessa final é fruto de um trabalho em conjunto da Federação. Significa muito para mim”, declarou emocionada, horas antes de entrar em campo.
Essa conquista para Marianna Nanni Batalha não vem do nada. No ano passado, ela foi eleita a melhor árbitra do Paulistão Feminino, ganhando ainda mais visibilidade e respeito no cenário do futebol. Essa eleição não só lhe deu destaque como também abriu portas para novas oportunidades. Em 2025, ela já esteve em campo apitando dois jogos importantes do Campeonato Paulista: o empate entre Inter de Limeira e Guarani e a vitória do Noroeste sobre o Velo Clube. A confiança de técnicos e jogadores nela é reflexo do seu trabalho dedicado e da seriedade com que leva sua função.
Para o clássico entre os gigantes São Paulo e Corinthians, Marianna teve o auxílio de Raphael Albuquerque de Lima e Denis Matheus Afonso Ferreira, seus assistentes, e de Fagson Junior dos Santos Silva, o quarto árbitro. No comando do VAR (sistema de árbitro assistente de vídeo), quem ficou foi o experiente Marcio Henrique de Gois, que já comandou partidas de destaque nas competições mais importantes do futebol nacional.
O jogo em si já era esperado para ser um grande confronto, com o peso histórico que envolve duas das maiores equipes do Brasil, mas o toque especial ficou por conta de Marianna, que não apenas marcou sua presença como a primeira mulher a apitar uma final da Copinha, mas também trouxe uma nova perspectiva para o futebol, abrindo portas para futuras gerações de árbitras.
Esse feito de Marianna é, sem dúvida, um marco não só para o futebol paulista e brasileiro, mas para o esporte como um todo. É um sinal de que o futebol, aos poucos, está se tornando um espaço mais inclusivo, onde as mulheres podem se destacar e conquistar o respeito e reconhecimento que merecem, tanto no campo como nas funções que antes eram dominadas por homens.
E para quem acompanhava, a emoção foi palpável. No estádio, a presença de Marianna no centro do gramado representou uma vitória simbólica para todas as mulheres que amam o futebol e sonham com a possibilidade de trabalhar no esporte. O legado dessa partida vai muito além do resultado do jogo. Marianna Nanni Batalha deixou sua marca, e, sem dúvida, inspirou muitas jovens que agora sonham com um futuro onde possam, um dia, apitar suas próprias finais.
Essa final da Copinha, sem sombra de dúvidas, será lembrada não apenas pelo futebol jogado, mas pela importância histórica do papel de Marianna, que abriu as portas para o futuro das árbitras no futebol brasileiro.
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