Mato Grosso do Sul, 16 de junho de 2025
Campo Grande/MS
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Mato Grosso do Sul adota sistema CarbonControl e consolida plano para neutralidade climática até 2030

Plataforma integra ações do Proclima e fortalece combate às mudanças climáticas com tecnologia, dados e rigor técnico para controle das emissões de gases de efeito estufa
O CarbonControl será um instrumento fundamental para consolidar dados sobre o controle de emissões no Estado
O CarbonControl será um instrumento fundamental para consolidar dados sobre o controle de emissões no Estado

Em um momento decisivo para a agenda ambiental brasileira, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul oficializou no dia 10 de junho, durante o III Fórum Estadual de Mudanças Climáticas, realizado na cidade de Bonito, o lançamento do sistema CarbonControl. Trata-se de uma plataforma digital voltada ao gerenciamento técnico e transparente das emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) no estado. A ferramenta é mais do que um recurso tecnológico: representa um instrumento de política pública diretamente vinculado ao Proclima – Programa Estadual de Mudanças Climáticas – e à meta ousada de tornar o território sul-mato-grossense carbono neutro até 2030.

O Proclima é a espinha dorsal da estratégia ambiental adotada pelo governo estadual. Instituído por decreto e coordenado pela Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), o programa articula ações entre diferentes setores produtivos, instituições públicas e privadas, com o objetivo de mitigar os impactos das mudanças climáticas e estabelecer uma economia verde no estado. Dentre seus pilares estão a promoção de fontes renováveis de energia, a preservação dos biomas locais – como o Pantanal, o Cerrado e a Mata Atlântica –, a valorização da biodiversidade e o monitoramento preciso das emissões de GEE.

É nesse contexto que o sistema CarbonControl surge como ferramenta central do Proclima. A nova plataforma digital consolida a necessidade de rigor técnico na elaboração de inventários de emissões e amplia a transparência na gestão ambiental. De acordo com o secretário Jaime Verruck, todas as atividades que demandam licenciamento ambiental passam a ter como exigência formal a apresentação do inventário de GEE. Isso significa que empresas, produtores e empreendimentos urbanos e rurais que gerem emissões ou realizem remoções de carbono estarão submetidos a uma análise técnica centralizada e padronizada.

O CarbonControl permite a inserção de dados conforme critérios do GHG Protocol Brasil e gera relatórios detalhados sobre o balanço de carbono de cada atividade registrada. Com isso, não apenas se identificam as fontes de emissão, como também é possível traçar planos de compensação e redução com base em evidências mensuráveis. O sistema se conecta diretamente ao Cadastro Ambiental Rural (CARMS) e abrange tanto registros obrigatórios quanto voluntários, com um potencial de alcance significativo em diversos setores produtivos.

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destacou a importância do sistema no avanço da gestão ambiental estadual. “A plataforma representa um avanço tecnológico significativo. Ela traz mais modernidade aos nossos processos e oferece mais transparência e eficiência na gestão ambiental, consolidando o Mato Grosso do Sul como um estado que valoriza o desenvolvimento sustentável”, afirmou.

As informações inseridas na plataforma devem seguir parâmetros estabelecidos por resoluções técnicas do Imasul e da Semadesc. As empresas poderão calcular as emissões totais de carbono equivalente (CO₂e) e, opcionalmente, incluir as remoções de carbono decorrentes de ações como o plantio de árvores, a manutenção de reservas legais ou o uso de técnicas agrícolas de sequestro de carbono. Os dados coletados resultarão em relatórios completos, que poderão ser usados como base para certificações ambientais, auditorias externas e redefinição de estratégias empresariais sustentáveis.

O fiscal ambiental Rômulo Louzada explicou que o CarbonControl também funciona como indutor de boas práticas. “O Imasul lançou um novo sistema que combina o controle de GEE com o potencial de retenção de carbono no solo e no crescimento. Esse sistema valoriza áreas preservadas, como o Pantanal e o Cerrado, além das práticas agrícolas sustentáveis no estado. Com ele, as empresas podem calcular tanto as emissões quanto as retenções de carbono, mesmo que a inclusão de retenções seja voluntária”, declarou.

A introdução da ferramenta também fortalece o protagonismo do Mato Grosso do Sul em fóruns climáticos nacionais e internacionais. Ao alinhar-se aos compromissos assumidos no Acordo de Paris e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, o estado consolida uma trajetória de liderança em sustentabilidade, buscando conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.

O CarbonControl é, portanto, um reflexo da maturidade institucional que o estado alcançou na pauta climática. Ele simboliza o esforço coordenado de diferentes esferas do poder público, em diálogo constante com a sociedade civil e o setor produtivo, para enfrentar um dos maiores desafios do século: a transição para um modelo de desenvolvimento que respeite os limites ecológicos do planeta e assegure bem-estar às futuras gerações.

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