Mato Grosso do Sul, 26 de abril de 2025
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Mato Grosso do Sul dá passo gigante com primeira usina de hidrogênio verde

Instalada na UFMS, nova usina coloca o Estado na frente da corrida pela energia limpa e promete atrair R$ 2 bilhões até 2030
Imagens - Saul Schramm
Imagens - Saul Schramm

A chegada da primeira usina de hidrogênio verde em Mato Grosso do Sul não é só uma conquista tecnológica, é um sinal claro de que o Estado decidiu entrar de vez na disputa global por um futuro mais limpo, sustentável e inteligente. O projeto, que começou a funcionar nesta sexta-feira, 25 de abril, nas instalações da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), é fruto de uma articulação entre academia, governo e iniciativa privada e promete virar referência no país.

Com uma estrutura moderna e capaz de produzir até uma tonelada de hidrogênio por mês, a usina representa muito mais do que inovação. Ela mostra que quando se investe em ciência, planejamento e coragem, dá para sonhar alto e transformar esses sonhos em realidade. A proposta usa água e energia solar para gerar hidrogênio, apostando em um modelo de produção que não agride o meio ambiente e abre portas para um novo mercado de energia no Brasil.

O governador Eduardo Riedel não escondeu o entusiasmo ao participar da inauguração. “Alegria muito grande participar deste momento de celebração. O que representa esta usina para Mato Grosso do Sul é muito relevante, a transição energética é um tema que faz parte do nosso eixo estratégico”, disse ele. Segundo Riedel, o empreendimento está totalmente alinhado com o plano de fazer do Estado um território carbono neutro até 2030.

Mas não é só de discurso bonito que o projeto vive. O investimento previsto até o fim da década é de R$ 2 bilhões. E, para dar conta desse avanço, será necessário qualificar 500 profissionais, incluindo engenheiros, professores e técnicos, todos voltados para atuar diretamente no setor de hidrogênio e suas aplicações. Um passo ambicioso, mas necessário, numa área que ainda engatinha no Brasil e no mundo.

A estrutura da usina é um exemplo de tecnologia aplicada com inteligência: painéis solares vão gerar a eletricidade usada por um eletrolisador, que separa hidrogênio e oxigênio da água. Tudo isso é monitorado remotamente, com dados sendo usados para pesquisas e testes. Além do hidrogênio puro, o projeto também prevê o desenvolvimento de produtos derivados como fertilizantes verdes e até diesel verde, apontando para um futuro em que combustível limpo não será mais promessa, e sim rotina.

A reitora da UFMS, Camila Ítavo, destacou o papel da universidade como protagonista desse novo cenário. “Investir em ciência é um investimento em desenvolvimento e educação. Para construir um projeto como este precisamos de coragem e colaboração. Este é um caminho que não tem mais volta”, disse ela. E não poderia estar mais certa. A parceria com a empresa Green World Energy Hydrogen (GWE) e com a Rede Brasileira de Certificação, Pesquisa e Inovação (RBCIP) mostra que, quando academia e iniciativa privada andam juntas, os resultados aparecem.

O coordenador do projeto pela RBCIP, Marcelo Estrela Fiche, deixou claro que o desafio agora é treinar gente capacitada para manter o projeto de pé. “O hidrogênio e todos os seus derivados não é mais o futuro e sim uma necessidade para o presente. Um dos grandes desafios agora é trabalhar na capacitação das pessoas, qualificar mão de obra“, explicou.

O Estado já vinha dando sinais de que estava preparado para esse salto. Em 2024, Mato Grosso do Sul atingiu a capacidade instalada de 9.843 megawatts de energia, sendo 94% disso vindo de fontes renováveis. Esse dado sozinho já mostra o quanto o território sul-mato-grossense vem apostando num modelo de desenvolvimento sustentável que não abre mão de crescimento, mas também não destrói o meio ambiente.

Se até pouco tempo o hidrogênio verde era visto como algo distante e caro demais, hoje ele está virando realidade em plena capital sul-mato-grossense. E mais: está sendo feito dentro de uma universidade pública, com gente do próprio Estado, num modelo que pode ser repetido em outras regiões do Brasil. É o tipo de notícia que deveria servir de exemplo para o país inteiro. Afinal, num mundo cada vez mais dependente de energia e pressionado pelas mudanças climáticas, apostar em soluções limpas não é mais escolha. É questão de sobrevivência.

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