O Mato Grosso do Sul encerrou 2024 com um resultado positivo de respeito na balança comercial: superávit de US$ 7,1 bilhões. O grande impulso veio das exportações de commodities, como soja e celulose, que continuam sendo o motor da economia sul-mato-grossense. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
Exportações em alta: soja no topo, celulose surpreende
De acordo com os números da Semadesc, as exportações do Estado chegaram a US$ 9,969 bilhões, enquanto as importações ficaram em US$ 2,808 bilhões. A soja manteve sua posição de ouro, liderando a lista com 28,7% do total exportado, o equivalente a US$ 2,8 bilhões.
A grande surpresa do ano foi a celulose, que ficou logo atrás, com 26,6% de participação e um faturamento de US$ 2,6 bilhões. O crescimento impressionante de 79,1% no valor exportado mostra que o setor está em plena expansão. “Esse desempenho sólido das exportações comprova a força econômica do Estado, especialmente em commodities e produtos agrícolas”, explica Bruna Mendes, economista da Semadesc.
Importações: gás natural no topo
Na contramão, as importações somaram US$ 2,808 bilhões, com o gás natural liderando (41,3%), seguido por adubos (11,3%) e cobre (7,6%).
Destino das exportações: China continua dominando
A China segue como o maior parceiro comercial do Mato Grosso do Sul, comprando 45,4% do total exportado pelo Estado. Outro destaque foi o crescimento expressivo das exportações para a Turquia (+158,6%) e para os Emirados Árabes Unidos (+101%) em relação a 2023.
Indústria cresce, agro recua
Nos setores de atividade, a indústria de transformação brilhou em 2024, com alta de 25,13% na receita e 12,42% no volume de produtos exportados. Por outro lado, o setor agropecuário enfrentou dificuldades, com queda de 36,7% no valor e 35% na movimentação de cargas. “Isso se deve à queda nos preços de produtos agrícolas e ao aumento das importações”, detalha Bruna.
Municípios em destaque: Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo
No cenário regional, Três Lagoas liderou com 26,2% do total exportado, somando US$ 2,6 bilhões e um avanço de 45,3% em relação ao ano anterior. Já Ribas do Rio Pardo virou destaque com a inauguração de uma fábrica de celulose, registrando um crescimento impressionante de 690%, alcançando US$ 428 milhões em exportações.
Por outro lado, Dourados enfrentou uma retração de 43,1%, enquanto Campo Grande teve um leve crescimento de 4,4%, fechando com US$ 532 milhões em exportações.
Crescimento histórico nas exportações
A evolução das exportações do Mato Grosso do Sul é notável. Em 1997, o Estado exportava US$ 383,4 milhões. Já em 2023, esse número chegou a US$ 10,6 bilhões. “O salto significativo na série histórica, especialmente a partir de 2005, é reflexo do fortalecimento econômico e da diversificação da pauta de exportações”.
O que esperar de 2025?
Com a economia global ainda em recuperação e a demanda por commodities em alta, o Mato Grosso do Sul tem tudo para manter o ritmo de crescimento em 2025, fortalecendo sua posição como uma das potências do agronegócio e da indústria no Brasil.
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