Mato Grosso do Sul, 1 de julho de 2025
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Mato Grosso do Sul lança programa permanente para combater o racismo e promover igualdade racial

Iniciativa inédita fortalece ações voltadas à valorização das populações negras, indígenas e de matriz africana com políticas públicas integradas em todo o Estado

A partir de agora, o Mato Grosso do Sul passa a contar com um programa oficial, permanente e cheio de responsabilidade: o MS Sem Racismo. A medida, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, chega como um passo firme e necessário na luta contra o racismo estrutural e institucional, que por muito tempo silenciou e marginalizou povos negros, indígenas, comunidades de terreiro, de matriz africana e outros grupos étnico-raciais historicamente discriminados.

O programa é capitaneado pela Secretaria de Estado da Cidadania e pretende sair do papel para se tornar ação concreta. A proposta é integrar várias pastas e secretarias, com políticas públicas de verdade, voltadas para garantir o respeito à diversidade, combater a intolerância, dar vez e voz a quem sempre esteve à margem.

Segundo o governo, o MS Sem Racismo tem um foco bem claro: prevenir, enfrentar e erradicar o racismo em todas as suas formas, inclusive xenofobia e outras intolerâncias parecidas. O objetivo maior é assegurar igualdade de oportunidades e de direitos para todos os povos e culturas que compõem a rica diversidade do Estado.

A subsecretária de Políticas Públicas para Promoção da Igualdade Racial, Vânia Lúcia Baptista Duarte, foi direta ao comentar o impacto dessa decisão. “O MS Sem Racismo vem fortalecer e concentrar tudo o que já fazemos há tempos, mas agora com nome, identidade e reconhecimento. É o próprio Estado assumindo que vai sim combater o racismo de forma oficial”, disse.

Esse avanço não veio do nada. Ele também se conecta com outras ações já colocadas em prática, como a campanha 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo e a Intolerância Religiosa, realizada no mês de março. Essa mobilização prestou homenagem ao “Massacre de Shaperville”, na África do Sul, onde 69 jovens negros foram assassinados em 1960 por protestarem pacificamente contra as leis do apartheid. A data virou símbolo da resistência negra e foi reconhecida pela ONU como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Durante o evento em Campo Grande, que abriu as atividades do mês, a força da cultura ancestral foi sentida. Houve louvores a Exu, Ogum e Oxóssi, orixás das religiões de matriz africana. Bàbà Pedro Gaeta, presidente do Cedine/MS (Conselho Estadual dos Direitos do Negro), falou da importância desses momentos. “Exu representa o caminho, o movimento, o diálogo. Não somos profanos. Sim, acreditamos em Deus, só rezamos de outro jeito”, explicou.

A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, reforçou o compromisso do governo em construir políticas públicas que escutem quem sempre foi silenciado. “Queremos incluir de verdade. Não apenas no discurso. Queremos trabalhar lado a lado com os quilombolas, indígenas, povos de terreiro e todos os grupos historicamente esquecidos”, afirmou.

O MS Sem Racismo é mais do que uma campanha: é uma política pública construída com base na escuta, na resistência e na vontade de mudar. É uma porta aberta para que o povo sul-mato-grossense não apenas reconheça, mas valorize sua diversidade.

Com isso, o Mato Grosso do Sul assume o compromisso de não fechar os olhos para as injustiças históricas. Agora, com um programa que leva o nome e a responsabilidade de todo um Estado, a luta contra o racismo ganha mais força, mais espaço e, principalmente, mais ação.

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