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Mato Grosso do Sul, 12 de novembro de 2024
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Mato Grosso do Sul poderá receber uma série de investimentos privados em rodovias, ferrovias e aeroportos

Fotos: Edemir Rodrigues
Fotos: Edemir Rodrigues

Mato Grosso do Sul poderá ter uma série de investimentos privados em setores importante de transporte e logística nos próximos anos, como rodovias, ferrovias e aeroportos, por meio de parcerias e concessões públicas. A maioria destes projetos já tem o apoio e qualificação do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), vinculado ao governo federal.

O secretário de Transportes do PPI, Thiago Caldeira, que esteve em Mato Grosso do Sul, destacou que o Estado tem uma “lista extensa” de projetos para investimentos da iniciativa privada que já dispõem de selo estratégico da União.

“Alguns são de menor porte, mas com impacto social muito relevantes, como a concessão do Parque da Serra da Bodoquena, assim como outros de grande impacto inclusive em nível nacional, como algumas rodovias e ferrovias”, descreveu Caldeira, durante reunião na sede do Governo do Estado.

Ele citou, por exemplo, a nova licitação da rodovia BR-163, que corta o Estado de Mato Grosso do Sul e vai passar por um novo certame em função da desistência da concessionária CCR MSVia. “Esperamos que ocorra no final deste ano (2021). Será um novo contrato e assim até se evita traumas que ocorreram no passado”, observou.

Sobre esse projeto, o titular da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, ressaltou que a concessão foi requalificada na PPI e que agora seguem os estudos e audiências públicas, para que o trecho seja relicitado.

“Essa obra é algo que nos incomoda, mas agora será um novo projeto, que pode ter duplicação total ou parcial (rodovia). Além disso, tem uma série de problemas em cruzamentos e viadutos que precisam ser resolvidos”, citou. O secretário também destacou que a cobrança do pedágio precisa refletir o nível de investimento na rodovia.

“São questões que entrarão em pauta, como por exemplo o fato de que 50% dos acidentes da BR-163 no Estado ocorrem no trecho do contorno de Dourados e Campo Grande. Imagina se resolvermos isso, poderíamos reduzir acidentes e preservar vidas”, mencionou Verruck.

Aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto: Edemir Rodrigues)

Outros projetos

Caldeira ainda revelou que outros projetos importantes do Estado estão na pauta para receber investimentos, como as ferrovias Ferroeste (Maracaju a Cascavel), que poderão receber nova malha (ferroviária) pela iniciativa privada, assim como a Malha Oeste. “Serão novos corredores de exportação ao País. Todos estes projetos vêm recebendo uma atenção muito especial do governo federal”.

Outro ponto abordado foi a concessão de aeroportos de Mato Grosso do Sul a iniciativa privada. “Vão privatizar os aeroportos de Corumbá, Campo Grande e Ponta Porã. Eles já estão na PPI e nós entramos em um bloco que está Congonhas de São Paulo. Acredito no nível de atratividade muito grande, o mesmo operador que operar Congonhas vai operar Campo Grande”, explicou Jaime Verruck.

Caldeira destacou que estes projetos vão “transformar” o Estado. “Irá aumentar a competitividade, afetando outros setores da economia do Estado que vão se beneficiar com estes investimentos. A ideia é que faça parceria com o setor privado, para que eles possam executar estes investimentos, que possam gerar emprego, renda e melhor qualidade de vida”.

Verruck também reforçou que este grande volume de investimentos no Estado, vai trazer desenvolvimento econômico. “Esta infraestrutura vai reposicionar Mato Grosso do Sul nos próximos 2, 3 anos no cenário nacional. Se já temos um crescimento médio acima do nacional, estes projetos vão oferecer um futuro de crescimento e desenvolvimento”, concluiu.

Programa

 O Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) faz a avaliação de projetos que visam novas parcerias e investimentos com o setor privado. Ele tem a missão de secretariar um conselho com a participação de sete ministros, presidentes do BB (Banco do Brasil), Caixa Econômica Federal e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), liderados pelo presidente da República.

“A cada três meses este conselho se reúne com o presidente e passamos cada um desses projetos que receberam o selo de estratégicos, para que sejam tomadas as devidas decisões. A ideia é que estas parcerias com o setor privado aconteçam de forma célere e que não haja nenhum entrave ou dificuldade”, disse Caldeira.

O programa dispõe de equipe especializada em preparação de edital, contratos, estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental. “Nós cuidados para que estes projetos tenham um bom encaminhamento e que não frustrem a sociedade”.

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