Mato Grosso do Sul, em 2025, enfrenta um aumento no número de casos de dengue e chikungunya, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na quinta-feira, 23 de janeiro. De acordo com os dados apresentados, até a 3ª semana epidemiológica, foram registrados 708 casos prováveis de dengue, sendo 204 confirmados. Felizmente, o boletim também informou que não há óbitos registrados ou em investigação relacionados à doença até o momento.
A dengue continua sendo uma preocupação no Estado, com registros de casos em diversas regiões. Entre os municípios mais afetados, Selvíria apresentou uma alta incidência de casos confirmados nos últimos 14 dias, enquanto Inocência e Pedro Gomes registraram média incidência de casos confirmados. Esse aumento acende um alerta para as autoridades sanitárias e para a população, especialmente em períodos de calor e chuvas, que favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Esforços na vacinação contra a dengue
Como resposta ao cenário preocupante, a SES tem intensificado a vacinação contra a dengue em Mato Grosso do Sul. O boletim revelou que 122.224 doses do imunizante já foram aplicadas na população dentro da faixa etária recomendada pela bula. O Estado recebeu, até agora, 207.796 doses do Ministério da Saúde para a imunização, e o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
A vacinação é indicada especialmente para crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue dentro do grupo de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. A SES destaca a importância da imunização, não apenas como forma de proteção individual, mas também como um esforço coletivo para reduzir a circulação do vírus e controlar a disseminação da doença no Estado.
Chikungunya também preocupa
Além da dengue, Mato Grosso do Sul também registra 433 casos prováveis de chikungunya, sendo 18 confirmados até a 3ª semana de 2025. Assim como na dengue, não houve óbitos relacionados à doença. A SES alerta que, em caso de sintomas de chikungunya ou dengue, a automedicação deve ser evitada. Os sintomas de ambas as doenças, que incluem febre, dor nas articulações e erupções cutâneas, exigem cuidados médicos e o diagnóstico deve ser realizado em unidades de saúde locais.
A recomendação das autoridades de saúde é que, ao perceber qualquer sintoma relacionado a essas doenças, a população procure imediatamente atendimento médico nas unidades de saúde de seus respectivos municípios. O tratamento adequado e precoce pode ajudar a prevenir complicações e contribuir para o controle da disseminação do vírus.
Ações contínuas e a conscientização pública
O aumento nos casos de dengue e chikungunya em Mato Grosso do Sul reforça a necessidade de ações contínuas de prevenção e conscientização. O Governo do Estado, juntamente com os municípios, tem trabalhado para intensificar as campanhas de combate ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, com foco na eliminação de criadouros em áreas residenciais, comerciais e públicas.
As autoridades também reforçam a importância do envolvimento da população no combate ao mosquito, com medidas simples como evitar o acúmulo de água em recipientes, manter caixas d’água bem vedadas e aplicar produtos de controle de mosquitos quando necessário.
Enquanto a vacinação avança e as campanhas de conscientização ganham força, a população deve estar atenta aos sintomas e buscar ajuda médica rapidamente, contribuindo assim para a contenção dos surtos e para a proteção da saúde pública no Estado.
Confira os boletins epidemiológicos completos:
Boletim Epidemiológico Dengue SE 03 – 2025
Boletim Epidemiológico Chikungunya SE 03 – 2025
Mato Grosso do Sul segue monitorando a situação de perto, buscando mitigar os impactos das arboviroses e assegurar que as medidas de prevenção e tratamento cheguem a todos os cidadãos de forma eficaz.