Com a chegada dos meses mais frios e o aumento dos casos de doenças respiratórias, o alerta dos profissionais de saúde se intensifica. A Influenza, popularmente conhecida como gripe, voltou a chamar a atenção após o cantor Lulu Santos, de 72 anos, revelar ter enfrentado complicações da doença, incluindo um quadro de gastroenterite. O caso reacendeu a discussão sobre a importância da imunização anual e os riscos envolvidos, especialmente para idosos e pessoas com imunidade mais vulnerável.
Em entrevista, o médico infectologista Igor Maia Marinho, formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), reforça que a Influenza não deve ser subestimada. “É uma infecção viral que pode evoluir rapidamente, com sintomas intensos e risco de complicações sérias. A vacinação é a principal ferramenta de prevenção, especialmente em grupos de risco”, alerta.
Segundo o especialista, a gripe é diferente do resfriado comum. Os sintomas se manifestam de forma súbita e intensa. Febre alta, dores no corpo, calafrios, tosse, fadiga severa, dor de garganta e congestão nasal estão entre os sinais mais comuns. “Ao contrário do resfriado, a Influenza pode derrubar completamente o paciente, exigindo repouso absoluto e, em muitos casos, acompanhamento médico”, explica o Dr. Igor.
A recomendação dos órgãos de saúde é clara: a vacina contra Influenza deve ser tomada anualmente, especialmente por gestantes, idosos, crianças pequenas, pessoas com doenças crônicas e profissionais da saúde. Além da imunização, o médico destaca a importância de medidas preventivas simples e eficazes, como higienização frequente das mãos, uso de máscaras em ambientes fechados e com sintomas gripais, evitar aglomerações e cobrir o rosto ao tossir ou espirrar.
O caso de Lulu Santos, que levou ao cancelamento de compromissos profissionais em 2024, ilustra como a doença pode afetar mesmo pessoas aparentemente saudáveis. De acordo com o infectologista, a Influenza pode abrir portas para outras infecções, devido ao enfraquecimento temporário do sistema imunológico e à inflamação das mucosas respiratórias.
“Esse comprometimento imunológico facilita o surgimento de coinfecções, como pneumonias, sinusites, otites e até infecções intestinais, como a gastroenterite. Em pessoas com imunidade comprometida ou mais frágeis, como idosos, essas complicações podem exigir internação e evoluir com maior gravidade”, explica o Dr. Igor Maia.
A gravidade do quadro é um alerta para a população quanto à necessidade de manter a carteira de vacinação em dia. Em tempos de desinformação e hesitação vacinal, médicos e instituições de saúde reforçam que a vacinação não apenas protege o indivíduo, mas reduz a circulação do vírus e protege coletivamente a sociedade.
Além disso, o Ministério da Saúde vem reforçando campanhas anuais com foco na ampliação da cobertura vacinal. A cada ano, cepas atualizadas do vírus são incorporadas à vacina, aumentando a eficácia da proteção. “É um vírus que sofre mutações frequentes, por isso a atualização da vacina é fundamental. A adesão da população é determinante para controlar surtos e proteger vidas”, afirma o médico.
Com a intensificação do frio e a maior circulação de vírus respiratórios, o momento exige atenção redobrada. A gripe é mais do que um incômodo passageiro. Pode ser o gatilho para complicações sérias, hospitalizações e, em casos extremos, levar à morte.
A experiência de Lulu Santos traz à tona um tema recorrente, mas muitas vezes negligenciado. A saúde coletiva depende da consciência individual, e a vacina contra a Influenza segue como uma das mais seguras, acessíveis e eficazes ferramentas de prevenção à disposição da população.
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